O terrorista bolsonarista Wellington Macedo, um dos três acusados de tentar explodir um caminhão-tanque com 60 mil litros de querosene no Aeroporto Internacional Juscelino Kubistchek, em Brasília, na véspera do Natal do ano passado, por meio da implantação de uma bomba com detonador remoto, tentou se cadastrar como “jornalista independente” na posse do presidente do Paraguai, Santiago Peña, onde também estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O radical tem prisão decretada no Brasil pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e está foragido no país vizinho.
Seis dias antes do evento, que ocorreu nesta terça-feira (15), Macedo enviou mensagem ao cerimonial de Assunção para realizar o cadastramento destinado aos órgãos de imprensa que cobririam o evento político, se apresentando como profissional do “El Pueblo Podcast”. As autoridades brasileiras reconheceram sua identidade na lista e imediatamente informaram aos homólogos paraguaios de quem se tratava. O bolsonarista não recebeu autorização para entrar na posse.
Há meses, Macedo rompeu a tornozeleira eletrônica que usava e desapareceu. Ele tem mandado de prisão expedido pelo STF e desde então deu entrevistas informando que estava escondido em propriedades rurais de áreas remotas do país, que seriam de propriedade de bolsonaristas que conheceu no acampamento golpista instalado na frente do Quartel General do Exército, na capital da República.
Em contato com a reportagem da Folha de S. Paulo, o advogado de Macedo, Aécio de Paulo, afirmou que não tem conhecimento sobre o paradeiro do cliente e que sua relação com ele é “meramente processual”. O defensor também não soube informar se Macedo teria pedido “asilo político” no Paraguai, conforme ventilado em perfis de subcelebridades extremistas do bolsonarismo nas redes.
Profundamente ligado com nomes de peso do antigo governo de extrema direita, Wellington Macedo ocupou o posto de assessor na Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, entre fevereiro a outubro de 2019, então dirigido pela hoje senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
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