Política

Pastor Paulo Marcelo Schallenberger e o ex-presidente Lula (Foto: Divulgação/Agência O Globo)

Paulo Marcelo Schallenberger, mais conhecido como Pastor Paulo Marcelo é amigo de Marcos Feliciano (PL), um dos mais firmes defensores de Bolsonaro. No entanto, diferente do amigo, Pastor Paulo quer ver Bolsonaro bem longe da Presidência da República. Em seu lugar, ele prefere o ex-presidente Lula (PT), a quem define como testado e aprovado.

Já em pré-campanha, Pastor Paulo esteve em Camaçari na última quinta-feira, (03) para dar início à missão que assumiu com a reeleição de Lula: aproximar o partido dos evangélicos, em todo o país. “A Bahia é a terra mãe do Brasil e nada melhor do que iniciar por aqui, e, por Camaçari, cidade berço político do atual governador Rui Costa, do senador Jaques Wagner e do líder político Luiz Caetano”, explicou o Pastor Paulo Marcelo.

No encontro, a Superintendente de Assuntos Parlamentares da ALBA e pré-candidata a deputada federal, Ivoneide Caetano, a deputada estadual Fátima Nunes e vários líderes religiosos e lideranças políticas camaçarienses deram o ponta-pé inicial do que será uma série de encontros regionais. No dia seguinte, a agenda foi continuada em Feira de Santana, ao lado do deputado Zé Neto e várias lideranças locais.

Em seu perfil do Instagram, onde tem 188 mil seguidores, Paulo Marcelo falou sobre a importância de os evangélicos elegerem Lula. "O presidente Lula é católico, um homem de fé, crê em Deus, sempre fala em Deus. Toda entrevista dele, se você observar, nos últimos anos, ele sempre termina ela agradecendo a Deus e dizendo 'Deus te abençoe'. Então, isso é uma pauta que não tem nenhum tipo de problema, até porque nós já tivemos a experiência", iniciou.

"Lula não vai ser uma coisa que nós vamos experimentar sem saber o que é", disse, sem citar o nome de Bolsonaro. "Nós experimentamos Lula com um governo sem fome, com a igreja com liberdade religiosa, com concessões de rádio, com televisão, com direito de culto, com pastores tendo liberdade para pregar em praças, e fazer seu trabalho de fé. E a igreja evangélica e cristã chega, muitas vezes, onde o Estado não consegue chegar e se tem alguém que entende disso é o presidente Lula, que sempre deu à igreja liberdade de chegar onde o Estado não chega, libertando pessoas das drogas, casas de recuperação, livrando pessoas do suicídio e resolvendo problemas sociais", listou o pastor.

É com essa visão que o líder evangélico assume a função de viajar os 27 estados do país, estruturando e costurando o diálogo com um dos públicos outrora mais difíceis de alcançar para o PT: a população evangélica, responsável por eleger Bolsonaro e a chamada Bancada da Bíblia, que aceita e reproduz o discurso da direita, segundo o qual a esquerda, liderada pelo PT, 'pretenderia destruir a família', repetindo, inclusive, teorias falsas absurdas e tresloucadas, como a suposta distribuição de 'mamadeiras em formato de pênis para crianças em creches'.

“É hora de reunir o povo evangélico e mostrar o quanto o PT e o presidente Lula fizeram pelo nosso Brasil, tendo o respeito e o amor como base para unir a nossa nação”, declarou Ivoneide Caetano, no encontro em Camaçari.

"Os irmãos cristãos e demais membros da sociedade civil brasileira e baiana se reunirão em atos evangélicos para debater que é possível um Brasil diferente e um país sem ódio, onde todos possam comer três vezes ao dia", comentou pastor Paulo Marcelo, que se define como  teólogo, pregador da palavra, pensador, escritor e palestrante internacional.

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