Acusações do presidente ocorre dois dias depois e Deltan se junta ao Podemos
O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez ataques, em vídeo divulgado neste domingo (12), contra o ex-coordenador da força-tarefa da operação Lava Jato Deltan Dallagnol, recém-filiado ao partido Podemos.
“Se eu tivesse uma audiência com ele, definitivamente não recomendaria o PGR. Mas uma história acabada sairia. Como aconteceu durante alguns depoimentos no Lava Jato”, disse Bolsonaro.
“Escrevi o comunicado, chamei o cara para assinar. E o que ele ia dizer? Que eu teria feito uma proposta indecente por ele. Salve um amigo, um parente”, acrescentou.
As acusações do presidente ocorre dois dias depois a Deltan se juntar ao Podemos, em cerimônia que contou com a presença de Sergio Moro, ex-juiz encarregado dos processos Lava Jato e ex-Ministro da Justiça no governo Bolsonaro.
Bolsonaro e Moro disputam parte do eleitorado de direita na disputa pelo Planalto em 2022. O presidente expandiu os ataques ao ex-aliado.
Nas últimas duas semanas, disse o adversário faz fazer campanha para presidente “com base na mentira”, além de fazer o “papel de palhaço”. Ele também acusou Moro de ser contra armas e de não saber torcer por um time de futebol.
Como promotor, Deltan trabalhou na Lava Jato de 2014 a 2020. Em novembro, ele se demitiu do MPF dizendo que pretendia continuar trabalhando contra a corrupção de outra forma.
Como parte do ex-promotor, Moro atacou Bolsonaro e o PT. “É do nosso grupo que podemos nos orgulhar. Não somos o grupo das mensalidades, petrolão, crackers.”
Moro renunciou ao Ministério da Justiça em abril de 2020 e deixou o governo acusando Bolsonaro de tente interferir com a polícia Federal.
Ex-juiz responsável pelo processo do Operação Lava Jato em Curitiba, Moro se juntou ao Podemos, em novembro, para disputar o Palácio do Planalto.
No dia 2, o presidente também reclamou que “deu ânimo” a Moro quando o então ministro foi alvo de críticas por suas revelações. Postagens privado quem trocou com advogados. Os diálogos foram obtidos pelo site The Intercept Brasil e veiculados por outros veículos da imprensa, como a Folha.
As conversas de Deltan com Moro também foram expostas, o que reforçou as críticas ao conluio entre membros do MPF e o juiz de Lava Jato. As mensagens foram utilizadas em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ações relacionadas à operação.
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