Texto publicado na Nature - uma das revistas científicas mais conceituadas do mundo - explica didaticamente como Bolsonaro está destruindo as políticas ambientais e indígenas implantadas desde 2005, durante o governo Lula, que transformaram o Brasil em referência mundial no tema
Um manifesto assinado por 1.230 cientistas brasileiros, além de representantes de povos indígenas e de comunidades tradicionais, publicado nesta segunda-feira (3) na revista Nature – uma das mais conceituadas publicações científicas do mundo – elenca uma série de estudos e pede apoio da comunidade internacional para reverter a “agenda destrutiva” de Jair Bolsonaro em relação ao meio ambiente.
“Os 1.230 signatários deste ensaio, que representam uma base ampla da comunidade científica brasileira, além de membros indígenas e tradicionais da comunidade, pedem aos parceiros comerciais internacionais, governos estaduais e municipais, parlamentares e cidadãos interessados que pressionem o governo brasileiro para que inverta sua agenda destrutiva e apoie essa agenda construtiva, antes que a humanidade perca trabalhos essenciais ao ecossistema”, diz o texto.
De forma didática e com fontes científicas, o manifesto elenca a importância do ecossistema brasileiro no equilíbrio ambiental em todo o mundo e cita a importância de políticas desenvolvidas durante o governo do ex-presidente Lula.
“Desde 2005, políticas de conservação bem-sucedidas tornaram o Brasil um exemplo global de governança ambiental, em especial expandindo Áreas Protegidas e Terras Indígenas, desenvolvendo sistemas avançados de monitoramento para detectar a perda de vegetação e intervindo nas cadeias de fornecimento de soja e carne bovina. Agora, a administração do presidente Jair Bolsonaro está desmantelando as políticas socioambientais do país, comprometendo a governança de serviços ecossistêmicos de importância global”, diz o texto.
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