Procuradores enviaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um total de 79 arquivos, entre planilhas e documentos bancários, que comprovariam as transferências realizadas pelo operador Zwi Skornicki e o Grupo Odebrecht ao marqueteiro das campanhas presidenciais do PT, João Santana.
O material será juntado ao pedido de cassação da chapa da presidente Dilma Rousseff (PT) e do presidente interino Michel Temer (PMDB), feito pelo PSDB.
Delator da Lava Jato, o lobista do estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki, confessou que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto pediu US$ 4,5 milhões para auxiliar o financiamento da campanha de reeleição de Dilma, em 2014. Ele disse que o pagamento foi feito diretamente em conta de João Santana na Suíça e não declarado à Justiça Eleitoral. Se comprovado, esquema caracteriza caixa dois.
A Odebrecht também é suspeita de ter repassado até US$ 16 milhões ao marqueteiro.
Ontem, a presidente Dilma Rousseff rebateu à notícia publicada pelo jornal "Folha de S.Paulo" de que teria recebido de maneira ilegal dinheiro da Odebrecht nas campanhas de 2010 e 2014. Em nota, afirmou ser "lamentável que, mais uma vez, o conteúdo em segredo de Justiça seja vazado", segundo ela, "seletivamente e de maneira escandalosa".
Leia aqui reportagem de André Guilherme Vieira sobre o assunto.
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