O presidente interino Michel Temer disse, durante reunião com empresários nesta quarta-feira (8), que precisa trabalhar como se fosse um presidente eleito para evitar a estagnação da economia e promover a retomada do crescimento.
"Estou em governo transitório, mas não ajo como estivesse, se não paralisaria o país", disse. Temer, que evitou falar em herança maldita, disse que é necessário que todos tenham a consciência de que "não estamos encontrando o País com harmonia" e que é preciso solidificar os "novos fundamentos da economia".
Em sua fala aos empresários o peemedebista destacou que o projeto de lei que limita os gastos do governo deverá ser apresentado na próxima semana. "A limitação de gastos, que será revisada apenas em relação à inflação do ano anterior, é o que nos permitirá gastar novamente um e arrecadar um", afirmou.
Temer voltou a destacar a atual "harmonia" entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. "Confesso que essa coisa de ideologia esta fora de moda, o que as pessoas querem é resultado e estamos trabalhando para dar resultados", disse. "Ao longo do tempo, posso dizer sem medo de errar, que fomos perdendo o respeito pelas instituições, gerando conflitância entre os brasileiros", completou em seguida.
Temer também cometeu uma gafe ao afirmar que, graças ao apoio que o seu governo possui junto ao Congresso, conseguiu aprovar a "aprovação em segundo turno da Desvinculação das Receitas da União (DRU)". O projeto, contudo, somente será alvo de apreciação pelo plenário da Câmara nesta quarta-feira (8). "Depois de praticamente oito, nove meses que lá se achava a DRU, que é uma coisa importantíssima ao governo, em duas semanas aprovamos e ainda ontem em segundo turno de votação", disse.
Ao ser aplaudido pelos empresários, Temer disse que palmas recebidas eram verdadeiras "pois vinham do coração" e que o governo precisa do apoio do setor empresarial para retomar o crescimento.
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