O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que gravou conversas do ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e do senador Romero Jucá (PMDB-AL) caiu do status de amigo da família de Sarney para a definição de "monstro moral" e "pessoa abjeta" por parte do peemedebista.
As expressões foram usadas em uma nota divulgada por Sarney para se defender das acusações de Machado, de que teria recebido R$ 20 milhões em propina. Uma das gravações feitas por Machado foi feita em um hospital onde Sarney estava internado. Segundo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, responsável pela defesa de Sarney, o ex-presidente está disposto a processar Sérgio Machado.
Confira a íntegra da nota de José Sarney:
A íntegra da nota de José Sarney
Face à publicação pela mídia de que o Senhor Sérgio Machado teria, em delação premiada, afirmado ter dado a mim vinte milhões de reais, venho protestar, desmentir e repudiar tal afirmação.
A total falta de caráter de quem, como meu amigo por mais de vinte anos, frequentando com assiduidade minha casa, almoçando e jantando comigo, e visitando-me sempre, teve a vilania de gravar nossas conversas, até mesmo em hospital, revela o monstro moral que ele é.
Vou processa-lo por denunciação caluniosa, de que sou vítima, pois não existe qualquer envolvimento meu nos fatos investigados pela operação Lava-Jato ou em qualquer outro ilícito. Não descarto a construção de uma armadilha.
A conduta do Senhor Sérgio Machado mostra sua total falta de credibilidade.
Repudio pessoa tão abjeta, que, insisto, vou processar.
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