Presidente da Câmara comanda sessão de votação de impeachment
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recebeu ameaças por telefone em sua residência, no Rio de Janeiro, e pediu proteção policial ao governador do estado, segundo informou neste sábado (16) a assessoria do peemedebista.
“O presidente Eduardo Cunha recebeu telefonemas ameaçadores na casa dele, no Rio de Janeiro. Diante do fato, pediu proteção ao governador do Rio de Janeiro”, disse a assessoria de Cunha, sem dar detalhes sobre o teor das ameaças.
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro confirmou que foi solicitada proteção policial para Eduardo Cunha e que a Polícia Militar vai realizar a segurança.
O presidente da Câmara comanda as sessões de debates e votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A discussão sobre o parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), teve início na sexta e a votação será a partir das 14h de domingo (17).
As sessões são ininterruptas e já duram mais de 34 horas. O primeiro dia foi destinado à fala da defesa e da acusação, e discursos de representantes de partidos políticos. Cada um dos 25 partidos teve direito a uma hora de pronunciamento em plenário, o que fez com que essas falas durassem 32 horas.
Neste domingo, a Câmara decidirá se aprova o parecer de Jovair Arantes, que recomenda a continuidade do processo de impeachment de Dilma. O processo só seguirá para o Senado se receber votos favoráveis de 342 deputados.
Segurança para relator
No final de março, Eduardo Cunha autorizou o deslocamento de policiais legislativos para reforçar a segurança do relator do processo de impeachment de Dilma. Na noite do dia 22 de março, o escritório político de Jovair Arantes, localizado em Goiânia, foi alvo de um ataque e teve parte do muro quebrada.
Na ocasião, ele disse ao G1 acreditar que o ataque está ligado ao fato de ele ter assumido a relatoria do impeachment. “Claro que tem relação. Eles disseram que tem que tomar cuidado e outras coisas”, declarou.
Veja também:
Para analistas, com Dilma ou com Temer, ajuste da economia será duro
Deputados decidem se denúncia contra Dilma será aceita; votação começa às 14h
Artistas divulgam vídeo contra impeachment da presidente Dilma
Impeachment: após 34 horas de debates e 273 discursos, termina etapa inicial
Dilma ataca Temer e Cunha e diz que impeachment é "fraude"
MST bloqueia BR-324 contra impeachment da presidente
Manifestação contra impeachment reúne mais de 20 mil em Salvador
"Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez esta crise", diz ex-presidente Lula
Clique aqui e siga-nos no Facebook
| < Anterior | Próximo > |
|---|
