Galeria de Fotos

Não perca!!

Política

Secretários explicam, mas não convencem professores que continuam em greveSecretários explicam, mas não convencem professores que continuam em greve

Alunos, professores, servidores e rodoviários realizaram protestos na manhã desta terça-feira (12), paralisando as vias ao redor do Centro Administrativo de Camaçari. Alunos querem o retorno das aulas e início efetivo do ano letivo, professores e demais servidores públicos em greve buscam a negociação para efetivação do reajuste salarial de 2016. Já os rodoviários da Viação Cidade Industrial (VCI), que travaram a cidade com os carros estacionados nas vias, reclamam da invasão das cooperativas nos locais de operação exclusiva da VCI, desrespeitando a setorização das empresas.

Como se não já bastasse esse cenário, na Câmara de Vereadores, a sessão ordinária abriu espaço para os esclarecimentos dos secretários municipais da Administração, da Fazenda e de Educação a respeito da greve. Lezineide Andrade (Secad), Camilo Pinto (Sefaz) e Juipurema Sandes (Seduc), foram convocados pela Casa para responder qual o posicionamento do governo e estado das negociações com os professores.

Principal entrave na pauta de negociações, o valor do reajuste defendido pela categoria é de 11,36%. Porém, o secretário de Educação afirma que a Prefeitura só consegue garantir o aumento de 2%. “Este valor que já conseguimos garantir não significa que as negociações estão encerradas. Estamos abertos ao diálogo e preocupados em achar um caminho razoável para as duas partes”, sinaliza Juipurema.

Segundo a secretária de Administração, Lezineide Andrade, o governo municipal fez consultas ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), e aguarda um retorno do órgão para apresentar nova proposta à categoria. Mas, o secretário da Fazenda, Camilo Pinto, já adiantou que o teto de 11,36% está acima da capacidade do Executivo, cujo gasto com pessoal está próximo dos 54% limite.

Outro argumento usado pelo secretário é a legislação eleitoral, que não permite que seja dado reajuste acima da inflação depois do terceiro mês quando o ano for eleitoral. Camilo explica que mesmo que a gestão tivesse condições financeiras de conceder o reajuste, este não poderia ultrapassar o percentual de 10,67% referente ao índice inflacionário.

Os 2% garantidos pelo secretário de Educação ficaram longe de satisfazer a categoria representada no debate pelo presidente do Sindicato dos Professores e Professoras de Camaçari (SISPEC), Jorge Freitas. “Não queremos que o município cometa crime fiscal ultrapassando os limites de gastos com pessoas permitidos por lei, mas queremos ao menos a correção da inflação, que é de 10,67%”, defendeu.

O vereador Jackson Josué (PT), presidente da Comissão de Educação e Assistência Social, comemora a formação de uma mesa de negociação entre os professores da rede pública e a Prefeitura, mas espera mais agilidade do governo para resolver o impasse. “Nós queremos é uma solução junto ao prefeito Ademar, junto aos responsáveis, porque não pode ficar da forma que aí está com 50 mil alunos fora da sala de aula. Quem sofre com isso é a população camaçariense. Essa Casa não vai se furtar de fazer o debate e buscar solução”, garante o vereador.

Nesta quarta-feira (13), na Escola Norma, os professores se reúnem em Assembleia Geral para discussão da contra proposta a ser apresentada ao governo.

Clique aqui e siga-nos no Facebook

 

Camaçari Fatos e Fotos LTDA
Contato: (71) 3621-4310 | redacao@camacarifatosefotos.com.br, comercial@camacarifatosefotos.com.br
www.camacarifatosefotos.com.br