O senador petista Delcídio do Amaral entregou à Procuradoria Geral da República (PGR) gravações de conversas entre um dos seus assessores e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também membro do Partido dos Trabalhadores. Nas gravações, Mercadante tenta evitar a delação de Delcídio em troca de ajuda financeira e lobby junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), para que Delcídio fosse solto.
O conteúdo da conversa foi homologado nesta terça-feira (15) no quinto termo de depoimento da colaboração premiada. De acordo com o senador, ele decidiu fazer a delação por não acreditar nas promessas de solidariedade e ajuda política que receberia.
Delcídio disse ainda que outros membros do PT procuraram envolvidos na Lava Jato para convencê-los a não fechar delação premiada. Ainda segundo o senador, as discussões sobre os desdobramentos da Lava Jato eram restritas à cúpula do governo, dentre elas, a presidente Dilma, Cardozo, Mercadante e Jaques Wagner.
Segundo o acordo de delação premiada, Delcídio terá que devolver R$ 1, 5 milhão aos cofres públicos por seu envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. "O acordo de colaboração celebrado também teve por fim a recuperação do proveito das infrações penais praticadas pelo colaborador, no valor de R$ 1, 5 milhão", disse o procurador-geral da República Rodrigo Janot no pedido de homologação.
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