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Política

Principais alvos da Operação Acarajé, nova fase da investigação sobre o escândalo na Petrobras, o marqueteiro João Santana e sua mulher, Mônica Moura, entraram oficialmente ontem no rol dos presos da Lava Jato, elevando ainda mais o nível de preocupação em torno do governo Dilma Rousseff. Eles desembarcaram pela manhã no Aeroporto de Guarulhos,  em São Paulo, e foram recebidos em solo por policiais federais escalados para cumprir a ordem de prisão temporária expedida contra o casal.

Mônica e Santana, conhecido também pelo apelido de Patinhas, chegaram ao Brasil em um voo da Gol vindo de Punta Cana, na República Dominicana. A aterrissagem, prevista para as 10h, foi antecipada para as 9h20.

Na viagem, tiveram a companhia do advogado, Fábio Toufic. Ao chegar, o marqueteiro estava sem telefone celular e notebook, segundo informou o delegado federal Igor de Paula, que coordena as investigações da Lava Jato.

Enquanto as imagens da chegada do casal ganhavam destaque na imprensa, a temperatura subia no Palácio do Planalto e no Congresso. De um lado, o núcleo-duro do governo calculava o quanto a prisão pode complicar a vida da presidente Dilma nos próximos dias. Do outro, a oposição se articulava para aproveitar, ao máximo, o novo combustível  contra os rivais.

Embora mantivessem a estratégia de anteontem, de negar relação entre a campanha de Dilma em 2014 e os pagamentos ao marqueteiro investigados pela  Lava Jato, os cardeais do partido defendiam nos bastidores a necessidade de preparar uma ofensiva para reduzir danos, certos de que eles são inevitáveis.

Em especial, pela proximidade entre ela e o marqueteiro, responsável pelas campanhas que levaram o PT à vitória em 2006, com a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, e da própria Dilma em 2010 e 2014. Nos corredores do Planalto, é conhecida a influência de Santana sobre a presidente, que costuma consultá-lo em momentos de crise.

Para piorar, a avaliação é de que as provas da Lava Jato sobre depósitos em contas de uma offshore do casal Santana no exterior, atribuídos à Odebrecht e ao operador de propinas Zwi Skornicki, podem servir como ponte entre os desvios da Lava Jato e o caixa 2 da campanha petista em 2014. Fato que alimentaria ainda mais a fogueira do impeachment e a crise de governabilidade no Congresso.

Para ilustrar o clima de desânimo do Planalto, ao longo do dia a única declaração pública da cúpula do governo sobre o caso foi feita pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Ainda assim, pelo Facebook. “Apesar da insistência da oposição em dizer o contrário, a 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada ontem (segunda-feira), não investiga supostas irregularidades relacionadas à campanha da presidenta Dilma - cuja prestação de contas foi aprovada pelo TSE”, postou Wagner.

Já em Curitiba, o casal Santana era novamente clicado após deixar o IML, onde se submeteu a exame de corpo de delito junto a outros presos da Operação Acarajé. Entre os quais, Skornicki,  Benedito Barbosa Junior, diretor-presidente da construtora Odebrecht, e Vinícius Borin, operador financeiro.  De óculos escuros, Mônica chegou a sorrir para fotógrafos antes de rumar para a Superintendência da PF, no Paraná.

De Genebra, veio a notícia de que o executivo Fernando Miggliacio, ligado à Odebrecht e alvo da operação, foi preso quando tentava encerrar contas bancárias. Ele estaria tentando retirar pertences do cofre de um banco da cidade suíça.

Panelaço
Para completar um cenário de dificuldades para o governo, outro fantasma, o “panelaço”, ressurgiu durante os dez minutos do programa nacional do PT exibido ontem à noite em cadeia nacional de TV. Do Rio a São Paulo, de Salvador a Maceió, a batida de panelas foi a trilha de fundo da propaganda. O auge do protesto veio nos minutos finais, quando Lula dominava a tela.

 

 

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