Política

Vereadores se mobilizam para tratar da dengue, Zika e Chikungunya

Circula pelas redes sociais uma piada afirmando que os brasileiros deviam imitar o exemplo de empreendedorismo do mosquito Aedes Aegypti, que começou com um único ‘produto’ (dengue) e expandiu, hoje com Zika e Chikungunya. Mas, piadas a parte, o aumento da incidência de doenças ligadas ao mosquito têm preocupado as autoridades políticas do município e vem sendo assunto recorrente na Câmara de Vereadores de Camaçari. Na terça-feira (23), pela segunda sessão consecutiva, os vereadores aprovaram requerimentos visando o combate ao Aedes Aegypti no município.

Pesquisas apontam que até 90% dos focos da dengue estão nas residências e não áreas públicas.  Os índices variam a cada região, mas os especialistas apontam que a ‘área de atuação’ do  Aedes Aegypti é de até 200 metros do seu criadouro. Pensando nisso, vereadores sugerem uma serie de medidas para acabar com a infestação, a exemplo Projeto de Lei Nº 003/2016, de autoria do vereador Jakson Josué, que “institui sanções aos proprietários de imóveis e terrenos baldios, que possibilitem a proliferação do mosquito Aedes Aegypti no município”.

O vereador Jorge Curvelo (DEM), sugere através da Indicação Nº 095/2016, que a Prefeitura Municipal “crie um programa polivalente consistindo em fazer um levantamento descritivo das localidades com maior índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti, com alto número de incidência de Dengue, Chinkungunha e Zica Vírus entre famílias de baixa renda, compreendendo Sede e Orla”. O levantamento teria a finalidade de demarcar as localidades em situação crítica, para a doação de caixas d’água hermeticamente fechadas para as suas residências, além de intensificar a atuação dos agentes de saúde nos locais.

A sugestão do presidente da Casa, vereador Marcelino (PT), é voltada ao eixo urbano. Ele orienta o executivo para execução de limpeza da área ciliar, drenagem, desassoreamento e dragagem do Rio Camaçari.  No Requerimento Nº 091/2016, Marcelino solicita ainda “a retirada dos pontos de descarte irregular dos resíduos de construção civil (entulhos) da área de entorno, terrenos baldios e ruas da cidade”. Ele acredita que ações desse tipo podem interromper o ciclo reprodutivo do mosquito.

Devido a gravidade do assunto, os vereadores defendem também a realização de uma Audiência Pública para debater os índices de infestação e estratégicas de combate envolvendo as secretarias municipais, a casa legislativa e a população.

Camaçari Card

Durante a sessão, estudantes secundaristas e universitários ocuparam o plenário da Casa protestando pelo fato de não estarem conseguindo realizar a recarga para a meia-passagem, através do sistema Camaçari Card. Alguns vereadores abriram mão de seus pronunciamentos nos Assuntos Gerais e se reuniram com uma comissão de estudantes. Na próxima terça-feira (01), a comissão se reúne novamente para discutir o caso e a possibilidade de uma Audiência Pública para discutir soluções desse e outros problemas apontados pelos estudantes.

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