Política

Primeira sessão com direito a ‘bate-boca’ e desabafo

“Os erros e acertos desse governo até agora nos pertence”. A declaração de ‘mea culpa’ foi do presidente da Câmara de Vereadores de Camaçari, o vereador José Marcelino (PT). O anúncio do rompimento do prefeito Ademar Delgado com o partido dos Trabalhadores dividiu espaço com as saudações de início dos trabalhos legislativos da Casa. A declaração do vereador Marcelino, que também preside o diretório municipal da legenda, consolidou na manhã de quinta-feira (18), a divisão do grupo governista que marcha rumo às urnas, com dois pré-candidatos a prefeito.

Antes do discurso equilibrado do presidente da Casa, o vereador Téo Ribeiro (PT), um dos primeiros a romper com a atual gestão, usou a tribuna para comemorar a saída do prefeito da legenda. “Nós, lá atrás identificamos que esse governo não tinha o jeito petista de governar”, afirmou Téo.  O vereador também fez referência a prisão do vereador Antonio Elinaldo (DEM).

Os comentários de Téo sobre a prisão realizada no final do ano passado deram início a uma serie de reações do público, que se manifestaram interrompendo por várias vezes a sessão. Com direito a bate-boca entre vereadores e militantes, ameaças e a promessa de restrição do acesso na próxima sessão, o confronto sinalizou a tendência para esse ano eleitoral, que promete ser um dos mais disputados da história do município.

Abrindo os trabalhos na Casa, o vereador Marcelino fez questão de informar que não há mais apoio do diretório municipal do PT, para o prefeito Ademar. “Nós queremos dizer que os erros e acertos agora do governo são de responsabilidade do PCdoB. Esse governo agora é governado pelo PCdoB”, anunciou Marcelino.

O presidente da Casa também comentou sobre a prisão de Elinaldo e rebateu as declarações do grupo de oposição que creditaram ao PT, a responsabilidade (ou perseguição política) pela prisão do vereador. “Nós não fizemos nenhuma ‘tramamoia’ para o senhor não”, defendeu o petistas. E emendou: “O senhor é acusado de lavagem de dinheiro. O PT não colocou dinheiro em sua conta.

Na sessão foram votadas ainda, 30 matérias. Dentre elas, Indicações e Requerimentos solicitando ações de infraestrutura e serviços públicos.

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