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Segundo interlocutores, o general Freire Gomes teria participado de ao menos dez reuniões no Planalto e se colocado contra o envolvimento dos militares em uma intentona golpista. Na imagem, Jair Bolsonaro e General Marco Antônio Freire Gomes (Foto: Isac Nóbrega - PR)Segundo interlocutores, o general Freire Gomes teria participado de ao menos dez reuniões no Planalto e se colocado contra o envolvimento dos militares em uma intentona golpista. Na imagem, Jair Bolsonaro e General Marco Antônio Freire Gomes (Foto: Isac Nóbrega - PR)

O ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, compartilhou com pessoas próximas detalhes de conversas que manteve com Jair Bolsonaro (PL) e militares da reserva nas quais se discutia a possibilidade de um golpe de estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a Folha de S. Paulo, ao menos oito generais confirmaram que Freire Gomes relatou os encontros a oficiais próximos - sem informar o Alto Comando da Força - e que ele sempre teria se posicionado de forma contrária a uma intentona golpista.

“Freire Gomes e os ex-comandantes Almir Garnier (Marinha) e Baptista Junior (Aeronáutica) foram chamados cerca de dez vezes por Bolsonaro para reuniões no Palácio da Alvorada em novembro e dezembro, após a vitória de Lula. Todas as reuniões ocorreram fora da agenda presidencial, e suas convocações eram feitas pelo celular do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, ou pelo próprio ex-presidente”, destaca a reportagem.

Ainda segundo o periódico, a primeira reunião convocada por Bolsonaro teria acontecido em 1º de novembro, apenas dois dias após Lula vencer o segundo turno das eleições. Neste dia foram feitos fechamentos de rodovias por apoiadores do então mandatário e os acampamentos golpistas montados em frente aos quartéis.”Em outras ocasiões, segundo essas fontes, Bolsonaro e militares de seu entorno defenderam abertamente intenções golpistas de se buscar formas de questionar ou reverter o resultado eleitoral”, ressalta um trecho da reportagem.

O Exército tomou a decisão de não apoiar planos golpistas após consultas de representantes de governos estrangeiros, como os Estados Unidos e o Reino Unido, que expressaram forte oposição a qualquer ruptura democrática no Brasil.

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