Quem já tem crédito consignado ou crédito pessoal (CDC) pode migrar a dívida para o novo programa Crédito do Trabalhador (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agora ficou mais fácil para o trabalhador com carteira assinada reduzir os juros dos seus empréstimos. Quem já tem crédito consignado ou crédito pessoal (CDC) pode migrar a dívida para o novo programa Crédito do Trabalhador, que oferece taxas mais baixas para trabalhadores com carteira assinada. Antes do programa, o benefício de juros reduzido só era oferecido para concursados e beneficiários do INSS.
A partir da sexta-feira (25), 70 bancos e financeiras habilitados no programa já estão autorizados a fazer essa troca diretamente pelo site ou aplicativo. Em caso de dúvida, o trabalhador deve entrar em contato com o atendimento da instituição onde possui o empréstimo.
Por enquanto, a portabilidade só pode ser feita no mesmo banco onde o empréstimo foi contratado. No início de maio, será possível transferir a dívida também para outras instituições financeiras que oferecerem condições melhores.
A troca é vantajosa principalmente porque os juros do Crédito do Trabalhador são bem menores: enquanto o CDC cobra, em média, de 7% a 8% ao mês, no novo programa as taxas estão em torno de 3% ao mês — e podem chegar a 1,6% em alguns bancos.
Entenda na prática:
Imagine um trabalhador que pegou um empréstimo de R$ 5.000 em 24 parcelas com juros de 7% ao mês (CDC comum). A parcela mensal ficaria em torno de R$ 254,30, e no final das 24 parcelas ele teria pago aproximadamente R$ 6.103.
Se esse trabalhador migrar a dívida para o Crédito do Trabalhador com juros de 3% ao mês, a parcela cairia para cerca de R$ 239,50. No fim do contrato, o total pago seria de R$ 5.748 — uma economia de aproximadamente R$ 355.
Agora, se ele conseguir uma taxa ainda melhor, de 1,6% ao mês, a parcela ficaria em torno de R$ 224,00. Nesse caso, o total pago seria de cerca de R$ 5.376, resultando em uma economia de quase R$ 730 em comparação ao empréstimo original.
Além disso, a lei que criou o programa obriga que a troca de dívida venha com redução real da taxa de juros, pelo menos até 21 de julho. Portanto, o trabalhador não precisa se preocupar em negociar: a diminuição dos juros é obrigatória.
Caso não ache a oferta do seu banco interessante, o trabalhador poderá, em breve, levar a dívida para outra instituição que tenha condições mais vantajosas.
Vale lembrar que a troca direta, sem precisar renegociar antes, só vale para dívidas de CDC ou consignado tradicional. Quem quiser usar o Crédito do Trabalhador para pagar cheque especial ou fatura de cartão de crédito terá que primeiro renegociar esses débitos.
Desde o lançamento do programa, R$ 8,2 bilhões já foram liberados em empréstimos, beneficiando cerca de 1,5 milhão de trabalhadores. O valor médio dos contratos é de R$ 5.491,66, em cerca de 16 parcelas e prestações de aproximadamente R$ 335.
Fique atento e aproveite essa oportunidade para organizar suas finanças e pagar menos juros.
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