O governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou um esqueleto de R$ 6,3 bilhões do seguro-desemprego para a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pagar no início de 2023. No entanto, a atual equipe do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) admitiu que houve insuficiência orçamentária no final de 2022, ou seja, não havia como pagar todas as parcelas do benefício previstas para aquele ano.
De acordo com a Folha de São Paulo, as despesas foram quitadas com o orçamento já do governo Lula.
Com isso, no fim de 2023, uma nova insuficiência orçamentária obrigou a pasta a empurrar gastos com o seguro-desemprego para o começo de 2024, num montante calculado até agora em R$ 5,66 bilhões, segundo a Folha.
O Ministério do Planejamento e Orçamento alegou que os órgãos do governo estão em tratativas para a "correção dos procedimentos de execução dessas despesas". O MTE disse que os segurados receberam os pagamentos em dia e não foram afetados.
A correção da execução dessas despesas pode gerar pressão no Orçamento do governo, pois seria necessário reduzir outros gastos para cumprir o estabelecido.
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