Rosângela Pureza Cavalcante, de 42 anos, foi vítima de um grave erro médico. Ela foi internada no Hospital Regional Público, na Ilha do Marajó, no Pará, para se submeter a uma cirurgia na clavícula, após acidente de trânsito. Porém, depois de acordar da anestesia, descobriu que seu útero havia sido retirado.
A paciente contou que deu entrada no hospital acompanhada por parentes. Entretanto, no dia da cirurgia, foi informada pela unidade de saúde que os familiares tinham sido proibidos de acompanharem o procedimento.
Rosângela relatou que foi anestesiada e, ao acordar, passou a mão na barriga e sentiu dores. Em seguida, percebeu que a clavícula não havia sido operada. Em vez disso, tinha passado por uma cirurgia no útero.
Ela disse que uma médica chegou ao local e informou que um “equívoco” havia ocorrido. A identificação de Rosângela teria sido trocada com a de outra paciente de nome Maria, que faria a retirada do útero.
A vítima contou, ainda, que a médica tentou convencê-la de que ela não teria prejuízos na saúde por causa da cirurgia. “Eu vejo essa situação e está sendo muito difícil para mim. Me sinto revoltada, porque praticamente pararam a minha vida”, disse, em entrevista ao G1.
Nova internação
Depois disso, Rosângela voltou ao mesmo hospital para, enfim, realizar a cirurgia na clavícula.
A Secretaria de Saúde do Pará divulgou que os profissionais envolvidos no caso foram afastados e que a família da paciente está recebendo “apoio, com atendimento multiprofissional e acompanhamento ambulatorial”.
“A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) informa que os profissionais envolvidos no episódio foram afastados de forma preliminar e que apura o caso junto à Organização Social de Saúde (OSS) que administra o hospital”, disse a pasta, em nota.
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