Segundo análise da equipe de articulação do governo federal, as movimentações recentes do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), transmitem a percepção de que o senador está inclinado a estreitar laços com o presidente Lula (PT).
Para o Palácio do Planalto, Pacheco não poderá mais se equilibrar entre os polos petista e bolsonarista durante o último ano do seu biênio como líder do Senado, segundo relata Guilherme Amado, do Metrópoles.
O entendimento da equipe de Lula é de que Pacheco teria reconhecido a necessidade de posicionar-se como um aliado mais comprometido com Lula, em comparação com sua postura em 2023, focando agora em garantir sua reeleição como senador ou apoio a uma possível candidatura ao cargo de governador de Minas Gerais em 2026.
Um sinal deste movimento de Pacheco é a tramitação da Medida Provisória da Reoneração no Congresso, apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Ainda que pressionado a devolver a MP ao governo, Pacheco decidiu esperar o retorno de Haddad das férias para tomar uma decisão e se mostra ao governo disposto a negociar para evitar uma derrota maior ao Executivo federal, já que a reoneração tem poucas chances de prosperar no Legislativo.
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