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Elizângela foi internada em estado grave com sequelas respiratórias da Covid (Foto: Reprodução/TV Globo)Elizângela foi internada em estado grave com sequelas respiratórias da Covid (Foto: Reprodução/TV Globo)

Atriz teve uma parada cardiorrespiratória

A atriz Elizângela do Amaral Vergueiro, mais conhecida apenas como Elizângela, morreu aos 68 anos nesta sexta-feira (3), no Rio de Janeiro.

Segundo informações da Prefeitura Municipal de Guapimirim, a atriz deu entrada no Hospital Municipal José Rabello de Mello com uma parada cardiorrespiratória (PCR), depois de ser atendida por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Houve tentativa de reanimação no translado, segundo o g1, assim como na unidade, mas ela não resistiu.

Em nota enviada ao g1, a Prefeitura Municipal de Guapimirim lamentou a morte da atriz e ressaltou que ela já tinha ido à unidade em outra ocasião com problemas pulmonares.

"Esta é a segunda vez que o sistema de saúde do município atendeu Elizangela. Na primeira, ela deu entrada na unidade com graves problemas respiratórios, e depois de algumas semanas, teve alta da unidade", disse a administração municipal.

Elizângela fez sucesso em produções como as novelas "Força do querer" e "A Dona do Pedaço", entre muitas outras. Confira abaixo mais detalhes da carreira da atriz.
Internação em 2022

Em 2022, a Elizângela foi internada em estado grave com sequelas respiratórias da Covid. Segundo a prefeitura da mesma cidade e do g1, ela chegou ao Hospital Municipal José Rabello de Mello bem debilitada e por pouco não passou pelo processo de intubação.

A assessoria da prefeitura informou também que na ocasião Elizangela se mostrou radicalmente contra a vacinação contra a COVID-19. Ela não tomou nenhuma dose do imunizante.

Carreira

Elizangela do Amaral Vergueiro nasceu em 11 de dezembro de 1954 no Rio de Janeiro. Ela é filha do executivo Emílio do Amaral Vergueiro e da dona de casa Rosalinda da Mata Resende Vergueiro.

Aos 7 anos de idade, ela começou a trabalhar na TV Excelsior, fazendo comerciais ao vivo. Descoberta por um produtor da emissora, foi chamada para estrelar o programa de entrevistas 'A Outra Face do Artista', também ao vivo. Ainda no mesmo canal, participou do telejornal vespertino 'Jornal Infantil Excelsior' e do programa de variedades 'Futurama' – todas atrações ao vivo.

Com 10 anos, apresentava o programa de auditório 'Essa Gente Inocente', atração com crianças exibida horário nobre. Somente em 1966 que Elizângela saiu da Excelsior e foi trabalhar na Globo.

O diretor Renato Pacote a convidou para fazer um teste de locução com Geraldo Casé. Depois de aprovada, a carioca foi escalada para ser assistente de Pietro Mario, em 'Capitão Furacão', que tinha estreado em 1965, sendo o primeiro programa infantil da Globo. A atriz-mirim ajudava na apresentação ao vivo, na função de líder da equipe de grumetes.

Pouco depois, começou também como apresentadora de outro programa de variedades, 'Show da Cidade', ao lado dos jornalistas Edna Savaget e Guima (José Antônio de Lima Guimarães), sem deixar o Capitão Furacão.

Em 1969, Elizangela foi chamada para fazer o longa-metragem 'Quelé do Pajeú', com direção de Anselmo Duarte. No ano seguinte, estrelou outro filme, 'O Enterro da Cafetina', adaptado de diferentes histórias de Marcos Rey. E em 1971 teve seu terceiro papel no cinema no longa 'Vale do Canaã', baseado em um conto de Graça Aranha.

Elizângela foi convidada para trabalhar em sua primeira novela com 15 anos: 'O Cafona', de Bráulio Pedroso. Na trama, exibida em 1971, ela vivia a filha de Francisco Cuoco. Sua novela seguinte foi 'Bandeira 2', de Dias Gomes, interpretando Taís – uma das protagonistas –, em um par romântico com Stepan Nercessian.

Em 1972, Elizangela também participou de diversos teleteatros, casos especiais e comédias especiais na Globo. Em 'Cavalo de Aço' (1973), de Walther Negrão, fazia a rebelde Teresa. No ano seguinte, viveu a Regina de 'Supermanoela', também de Walther Negrão, e, em 1975, a Lu da novela 'Cuca Legal', de Marcos Rey.

A atriz ainda fez parte do elenco da primeira versão de 'Roque Santeiro', que foi censurada. Quando a nova versão foi produzida, dez anos depois, a personagem acabou vivendo a personagem Marilda.

No currículo, ela ainda tem 'Pecado Capital' (1975), 'Locomotivas' (1977) e 'Feijão Maravilha' (1979), 'Jogo da Vida' (1981), 'Paraíso - 1ª versão' (1982), 'Tudo ou Nada' (1986), 'Pedra sobre Pedra' (1992), 'Èramos Seis' (1993-1996), 'As Pupilas do Senhor Reitor' (1993-1996), 'Por Amor' (1997), 'Senhora do Destino' (2004), 'A Lua Me Disse' (2005), 'A Favorita' (2008), 'Ti-Ti-Ti' (2010), 'Aquele Beijo' (2011), 'Salve Jorge' (2012), 'Segunda Dama' (2014), 'A Força do Querer' (2017) e 'A Dona do Pedaço' (2019).

Na década de 1970, fez várias participações em programas humorísticos da Globo, como os de Jô Soares, Chico Anysio e Renato Aragão. Trabalhou ainda como cantora, gravando um compacto com a música 'Pertinho de Você', de Hugo Bellard, que fez sucesso em 1979.

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