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Autoproclamado médium teve seus três últimos processos por crimes sexuais julgados nesta sexta-feira (15) com o total de 489 anos e quatro meses de prisão (Foto: Reprodução - Alan Marques - Folha Press)Autoproclamado médium teve seus três últimos processos por crimes sexuais julgados nesta sexta-feira (15) com o total de 489 anos e quatro meses de prisão (Foto: Reprodução - Alan Marques - Folha Press)

João Teixeira de Faria, 81 anos, conhecido como o médium João de Deus, foi condenado em primeira instância a mais 118 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) pelos crimes de estupro de pessoa vulnerável e estupro sexual mediante fraude, no qual violentou diversas mulheres que frequentavam seu templo em Abadiânia (GO). A informação é do portal G1. No total, o religioso passará 489 anos e 4 meses preso.

O advogado Anderson Van Gualberto, que representa João de Deus, disse ao G1 News que ainda aguarda o anúncio das novas sentenças e irá recorrer da sentença. O médium foi acusado de crimes cometidos contra 66 vítimas e condenado por 56 deles. Em decisão do juiz Marcos Boechat Lopes Filho, da Comarca de Abadiânia, o ex-líder religioso também foi condenado a pagar até R$ 100 mil como indenização por danos morais às vítimas. João de Deus cumpre atualmente pena em domicilio.

Preso há quase 5 anos

As denúncias contra João de Deus começaram a aparecer em setembro de 2018 no programa Conversa Com Bial, da TV Globo. Várias mulheres relataram terem sido abusadas sexualmente durante os cultos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola. Uma investigação foi iniciada e o médium foi preso dois meses depois, em 16 de dezembro de 2018. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), a defesa do condenado já interpôs seis recursos contra as decisões, que o órgão analisou e deu provimento parcial. No entanto, dois deles estão em fase de recurso no Supremo Tribunal Federal (STJ) e ainda não foram julgados.    
Detenção do médium

“João de Deus” foi preso em dezembro de 2018 depois que mulheres denunciaram o médium por abuso sexual durante cultos espirituais na casa de Dom Inácio de Loyola. Ele foi colocado em prisão domiciliar em março de 2020, mas voltou à prisão na época.

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