O advogado de defesa de Mauro Cid, Cézar Bittencourt, procurou a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpista para firmar acordo de colaboração premiada em nome do cliente. O colegiado já tem o sinal verde da Advocacia do Senado, que emitiu parecer em resposta a pedido da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
O parecer emitido pelo órgão técnico sinaliza que a CPMI dos Atos Golpistas pode oferecer ao tenente-coronel, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, um acordo de delação premiada. Desde que a negociação tenha a participação do Ministério Público Federal e a homologação de um juiz.
Cid abriu o bico
A notícia de que é possível que o ex-ajudante de ordens firme um acordo de delação premiada com a CPMI ocorre um dia depois do tenente-coronel ter prestado um depoimento de 10 horas na sede da Polícia Federal, em Brasília.
O advogado de Cid, que assumiu a defesa do militar há cerca de 15 dias, informa que ele prestará um novo depoimento na próxima quinta-feira (31) e que tem ajudado nas investigações.
Cid mudou radicalmente o comportamento nos depoimentos que tem feito à PF. Depois de ficar em silêncio nas primeiras vezes que foi chamado a depor no órgão, ele quebrou o silêncio em dois depoimentos aos investigadores desde a semana passada— um na sexta-feira (25) e outro nesta segunda-feira (28).
Os dois últimos depoimentos de Cid, de acordo com a PF, trataram do inquérito que investiga a suposta contratação dos serviços do hacker Walter Delgatti Netto para invasão das urnas eletrônicas.
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