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Ministro do STF autorizou devassa nas contas do ex-presidente e da esposa. Ele é apontado como operador de esquema de venda de joias públicas desviadas. Mauro Cid delatará - Foto: ReproduçãoMinistro do STF autorizou devassa nas contas do ex-presidente e da esposa. Ele é apontado como operador de esquema de venda de joias públicas desviadas. Mauro Cid delatará - Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na noite desta quinta-feira (17) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sua esposa, Michelle Bolsonaro. A decisão se dá no âmbito do inquérito que investiga o antigo ocupante do Palácio do Planalto e de seus assessores e correligionários mais próximos num esquema de desvio de joias, relógios e itens preciosos de propriedade da União para serem vendidos no exterior. A Polícia Federal diz que a quadrilha era chefiada por Bolsonaro e que ele era o destinatário final da fortuna angariada com a venda do patrimônio do Estado.

Os federais o acusam explicitamente nos autos e dizem que a organização criminosa desviava esses objetos valiosíssimos da Presidência da República para contrabandeá-los para os EUA, para então serem vendidos e os valores repassados em espécie ao político de extrema direita habituado a um discurso duro anticorrupção e moralista. A ida dele para os EUA, em 30 de dezembro de 2022, ainda no cargo, teria sido para utilizar o avião presidencial no esquema, apontam os documentos do inquérito.

Mais cedo, o novo advogado do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e seu homem de confiança, anunciou que seu cliente assumirá os crimes cometidos e delatará o ex-presidente à Justiça, demonstrando que ele era o operador do esquema ilícito que espoliava os bens públicos da Presidência. Preso há mais de 3 meses no Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília, por participação num esquema fraudulento que emitia cartões de vacinação falsos para sua própria família e a do ex-presidente, o militar decidiu que assumirá os delitos, uma vez que não tem visto qualquer ajuda ou solidariedade por parte do ex-chefe de Estado.

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