Exame é um dos mais buscados em meio a endemia da arbovirose no estado, com situação crítica em 24 cidades
Desde que os testes para dengue, chikungunya ou zika começaram a ser realizados nas farmácias, a procura tem sido intensa. Especificamente, o teste para dengue é um dos mais buscados em meio a uma endemia da arbovirose no estado, com 24 municípios em situação epidêmica. Entre eles, a capital baiana.
As farmácias de todo País já estão autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 1º de agosto a realizar mais de 40 novos exames para diagnosticar doenças, entre elas as arboviroses. As unidades da Pague Menos têm recebido solicitações para aplicar os exames, chegando a algumas, como a da Pituba, a dois a três testes de dengue por dia.
Especialista em serviços farmacêuticos da Pague Menos em Salvador, Ana Maria dos Santos destaca que a procura pelo teste de dengue e chikungunya fica atrás apenas do teste de gravidez.
“Colocamos os exames nas lojas e, de forma muito rápida, acabam. Nós começamos a ter uma procura. Porém, com a força da divulgação, tivemos um impacto muito grande nos diversos exames”, conta Ana.
Já a Drogaria São Paulo realiza apenas o teste rápido para a dengue, dentre as arbovirores, além dos demais exames liberados para aplicação nas farmácias.
Os estabelecimentos também aplicam 15 classes terapêuticas de vacinas como para Herpes Zoster, Meningite B e ACWY, pneumonia e HPV, além de, nos últimos meses, incluírem a nova vacinação da dengue.
Em 2023, até o dia 5 de agosto, foram notificados 39.896 casos prováveis de dengue no estado, com uma média de 269,3 casos por cem mil habitantes, o que representa um incremento de 28,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com 31.102 casos prováveis, segundo os dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Ao todo, foram dez óbitos e 379 municípios realizaram notificação, sendo que 167 deles apresentam uma incidência de mais de cem casos a cada cem mil habitantes.
“Estamos em alerta. É necessário um olhar para o fortalecimento das ações de prevenção correspondentes ao controle vetorial nestes 24 municípios, para que possamos, de forma conjunta com as prefeituras, fortalecer as ações”, afirma a coordenadora de Doenças de Transmissão Vetorial da Sesab, Sandra Oliveira.
Dentre os municípios de maior preocupação, estão Salvador, Camaçari, Feira de Santana e Alagoinhas. A coordenadora explica que as macrorregiões com mais municípios em situação de epidemia se concentram mais no sudoeste, sul e extremo sul, historicamente. No entanto, atualmente, o leste, onde se encontra a capital baiana, o centro-leste e o nordeste possuem municípios nesta situação.
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