Defesa do ex-presidente alega que ele tinha sido medicado com morfina no dia da postagem
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) depôs nesta quarta-feira, 26, à Polícia Federal e afirmou que o compartilhamento de um vídeo em que questionava o sistema eleitoral, após o pleito de 2022 foi feito "sem querer". Ele virou alvo do inquérito por questionar, no dia 10 de janeiro, dois dias após o ato golpista que terminou com a depredação das sedes dos Três Poderes.
O depoimento durou cerca de duas horas. Bolsonaro chegou à sede da PF, em Brasília, pouco antes das 8h50, acompanhado da defesa, e saiu por volta de 11h20. As informações foram apuradas pela TV Globo.
No depoimento, Bolsonaro só respondeu a perguntas sobre o vídeo que, sem provas, colocava em dúvida o sistema eleitoral. Ele declarou que queria salvar o vídeo para visualização posterior, mas compartilhou, sem querer. O ex-presidente ainda afirmou que se a PF quisesse marcar nova data para um depoimento, ele vai comparecer.
Após o depoimento, o advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, ainda apontou que ex-presidente tinha acabado de receber alta após ser internado para tratar uma obstrução intestinal, e tinha sido medicado com morfina, e que por isso, teria compartilhado o vídeo de maneira "equivocada".
"Essa postagem foi feita de forma equivocada, tanto que, pouco tempo depois, duas ou três horas depois, ele foi advertido e imediatamente retirou essa postagem. Observo, inclusive, que essa postagem foi feita na sua rede social de menor importância", disse Cunha Bueno.
"O presidente, quando saiu de férias, ele tratou a eleição como página virada. Então, em momento algum você vai encontrar alguma declaração dele declinando que a eleição foi fraudada. Em momento algum isso foi falado", disse Paulo Cunha Bueno.
Clique aqui e siga-nos no Facebook
< Anterior | Próximo > |
---|