Documento encontrado na casa de Anderson Torres apresentava intenção de golpe, caso Lula fosse eleito
A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 27, que a minuta do golpe, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, em Brasília, em janeiro, não era “documento que seria jogado fora” e que foi localizada m pasta do Governo Federal, contrariando o que alegou Torres em depoimento à Polícia Federal.
"Ao contrário do que o investigado já tentou justificar, não se trata de documento que seria jogado fora, estando, ao revés, muito bem guardado em uma pasta do Governo Federal e junto a outros itens de especial singularidade, como fotos de família e imagem religiosa", apontou a PGR.
A petição apresentada ao STF solicita ainda que a prisão preventiva do ex-ministro seja mantida. Torres está preso pela suspeita de que ele foi omisso com os ataques golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro.
Prorrogação de inquérito
Ainda sobre esse assunto, a Polícia Federal analisa as impressões digitais encontradas no documento encontrado na casa do ex-ministro de Bolsonaro. Além disso, a corporação investiga as imagens das câmeras de segurança do Palácio do Buriti, sede do governo do DF, para ver as pessoas que tiveram acesso ao local entre os dias 1º e 20 de janeiro.
A PF analisa também o protocolo da Polícia Militar do DF para a atuação em grandes manifestações. Os investigadores esperam com isso saber se houve quebra no modo de agir da PMDF.
Ao STF, a PF enviou os pontos que ainda está fazendo para identificar mandantes e executores dos ataques contra a democracia. Por isso, os investigadores solicitaram ao Supremo a prorrogação por mais 60 dias do inquérito. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, atendeu a solicitação.
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