Entre as doenças de maior incidência nesse período está a candidíase, que atinge 3 a cada 4 mulheres no Brasil
Tempo quente, umidade nas alturas, tudo convida para um banho de mar, piscina, ou, em alguns casos, banho de rio e até de mangueira. É o verão, que traz com ele, além das altas temperaturas, a necessidade de cuidados redobrados com a região íntima, principalmente entre as mulheres, para prevenir doenças ginecológicas.
As altas temperaturas, aliadas à maior exposição a umidade, aumentam as chances de desenvolvimento da candidíase, tricomoníase, vaginose bacteriana e infecção urinária. Segundo o médico ginecologista, Dr. Jorge Valente, entre as doenças citadas, a mais incidente no verão é a candidíase, que atinge cerca de 75% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva, segundo dados da Associação de Obstetrícia e Ginecologista do Estado de São Paulo (Sogesp).
“A candidíase é uma infecção vaginal causada pelo fungo candida albicans. Importante salientar que esse tipo de fungo faz parte da flora vaginal normal da mulher e que a infecção ocorre quando há um desequilíbrio dessa flora”, destaca o médico. Segundo ele, esse desequilíbrio pode ser provocado por diversos fatores, dentre eles a má alimentação, uso de medicamentos como antibióticos, estresse, diabetes e alterações hormonais.
“O excesso de umidade na área também é um agente causador do desequilíbrio da flora, por isso, no verão, vemos um aumento significativo do número de mulheres apresentando o problema”, afirma o ginecologista. “Isso se dá em razão de alguns hábitos como permanecer por muito tempo com roupas de banho molhadas, uso de roupas apertadas e de calcinhas de tecido sintético, consumo de alimentos que aumentam a acidez da flora vaginal, baixo consumo de água, dentre outros”, diz.
Sintomas
Em geral, os primeiros sinais da candidíase surgem com uma coceira na região genital, podendo também apresentar ardor, inchaço, inflamação vaginal e vulvar, além de uma secreção densa, que pode ser esbranquiçada ou amarelada.
“Ao sentir qualquer um dos sintomas já mencionados, ou algo que seja incomum em sua região genital, seja dor, odor, entre outras anormalidades, a mulher deverá consultar um médico ginecologista. Apenas o profissional especializado poderá, através dos exames realizados, fazer o diagnóstico e orientar sobre a melhor forma de tratamento”, enfatiza Dr. Jorge Valente.
De acordo com o médico, o tratamento da candidíase inclui não apenas o uso de medicações para eliminar os sintomas, mas, principalmente, a conscientização da necessidade de mudança de hábitos de vida para que este não se torne um problema recorrente. “Para manter a flora vaginal em equilíbrio é necessário que a mulher se mantenha imunologicamente bem, para isso ela precisa se alimentar bem, hidratar-se de maneira correta, ter uma boa qualidade de sono e praticar exercícios físicos para evitar estresse e ansiedade”.
Confira outras dicas do especialista para evitar o problema não só no Verão, mas ao longo de todo o ano:
Antes de dormir, lavar e secar bem a região genital
Dormir sem calcinha
Evitar a realização de duchas vaginais
Reduzir o consumo de carboidratos
Evitar o uso de roupas abafadas
Evitar a utilização de protetores diários de calcinhas,
Usar apenas sabonetes neutros e sem cheiro para higienização externa da vagina (nada de passar sabonetes ou outros produtos de higiene na parte interna)
Optar por calcinhas com fundo de algodão
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