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(Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)(Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)

O apoio dos familiares, dos amigos e, em alguns casos, dos profissionais da área da saúde mental é importante para enfrentar a dor da perda

O dia 2 de novembro é conhecido nacionalmente como o Dia de Finados, que promove a homenagem dos entes queridos que já se foram.

Entretanto, a ocasião pode ser um momento bastante complicado e um motivo de gatilho, principalmente, para pessoas que ainda enfrentam o processo de luto.

A psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC-SP, explica que o luto é um processo natural, que acontece sempre que perdemos algo ou alguém significativo em nossa vida.

"Aspectos da personalidade, experiência anteriores de perdas e suas circunstâncias também são relevantes nesse processo, assim como a forma como se deu a perda", inicia.

"São muitas as variáveis e suas combinações, transformando o processo de luto em algo muito singular, no qual as diferenças pessoais precisam ser consideradas e respeitadas", acrescenta ela.

Como lidar com a perda?

Não há uma fórmula pronta para lidar com o luto. No entanto, a psicóloga destaca a importância de contar com o apoio da família, dos amigos ou até mesmo de um profissional da área da saúde mental.

"É preciso ter paciência e tentar focar nas lembranças boas e legados que o falecido deixou", conta.

"Além disso, é fundamental aceitar os sentimentos, a frustração e o vazio que estão envolvidos nesse processo. Então, se sentir tristeza, por exemplo, não tenha medo de chorar. Busque direcionar as questões para o futuro e menos para o passado. Com o tempo e as estratégias certas, a dor da perda dará lugar a sentimentos de aceitação", acrescenta.

Uma das melhores alternativas e colocar tudo o que sente para fora, ou seja, desabafar.

"Pedir ajuda e falar sobre a morte contribui muito para o processo do luto. É importante para ressignificar o que aconteceu, dar um novo sentido para aquela perda. Se não vivemos o luto até o fim, não elaboramos a perda, impedindo o término desse processo", salienta Vanessa.

Os estágios do luto

1. Negação: Nesta fase, o indivíduo ativa um mecanismo de defesa que o faz negar o problema. "Isso acontece com a intenção de encontrar algum jeito de não entrar em contato com a realidade. É comum a pessoa também não querer falar sobre o assunto", explica Vanessa.

2. Raiva: De acordo com a especialista, neste estágio, o indivíduo se revolta, se sente injustiçado e não se conforma por estar enfrentando a perda.

3. Barganha: "Essa é fase em que o indivíduo começa a negociar, começando com si mesmo, acaba querendo dizer que será uma pessoa melhor se sair daquela situação, faz promessas a Deus", cita a psicóloga.

4. Depressão: De forma resumida, na fase da depressão, a pessoa pode se isolar, se tornar melancólico e se sentir impotente diante da situação.

5. Aceitação: "É o estágio em que o indivíduo não tem desespero e consegue enxergar a realidade como realmente é, ficando pronto pra enfrentar a perda", conclui Vanessa Gebrim.

Quando o  luto  exige ajuda profissional?

Em alguns casos, o luto pode levar ao adoecimento, ou seja, se tornar patológico.

"Quando ele trouxer consequências e dores insuportáveis para a vida da pessoa, podemos dizer que se tornou um luto patológico", relata a psicóloga.

Isso significa que, se transcorridos anos após a perda em conjunto com sintomas depressivos, é preciso acender um sinal de alerta e buscar ajuda profissional.

Ela alerta que o luto é um processo muito particular e, por isso, não existe uma resposta exata em relação à duração dele.

"Para alguns pode ser mais rápido enquanto para outros mais demorado. Depende de cada pessoa. Porém, há uma noção de quando ele acaba: é o momento em que a pessoa supera a dor e consegue seguir em frente", pontua.

Falar o que sente e colocar para fora é sempre uma das melhores alternativas. "Pedir ajuda e falar sobre a morte contribui muito para o processo do luto . É importante para ressignificar o que aconteceu, dar um novo sentido para aquela perda. Se não vivemos o luto até o fim, não elaboramos a perda, impedindo o término desse processo", salienta Vanessa.

Por que é importante viver o luto e enfrentar a dor?

No geral, a vivência do luto pode ajudar o indivíduo a reconstruir e reorganizar a sua vida, além de fazer com que ele obtenha maturidade para lidar com outros problemas que podem surgir.

"A pessoa aprende a acreditar na sua força interior, apesar de parecer que não tem  capacidade para lidar com a perda. Entende também melhor sobre o ciclo da vida, adquirindo mais maturidade para lidar com os obstáculos que vão aparecer pelo caminho. Enfim, a pessoa chega à aceitação", conclui a psicóloga Vanessa Gebrim.

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