Um novo tremor voltou a assustar moradores de Sete Lagoas, Região Central de Minas. Mas o fenômeno registrado na sexta-feira (29/7) foi o mais forte desde que os eventos começaram a ser medidos na cidade, segundo o Centro de Sismologia da Universidade Federal de São Paulo.
De acordo com informações do Centro, o tremor foi de 2.9 na escala Richter e ocorreu às 17h44. Esse foi o 18° sismo registrado na cidade desde 30 de abril deste ano, um intervalo de apenas 3 meses.
Várias pessoas registraram os efeitos do tremor e postaram nas redes sociais.
“O tremor de terra aqui em Sete Lagoas. Jesus, primeira vez que sinto isso, bizarro”, publicou um morador da cidade. Uma câmara de segurança de um imóvel capturou a intensidade do tremor.
A Defesa Civil de Sete Lagoas não tem registro de danos, humanos ou materiais, provocados pelo abalo sísmico ocorrido.
Próximos passos
O grupo de trabalho criado pela prefeitura Municipal de Sete Lagoas se reuniu em caráter de emergência, no início da noite de sexta-feira, para avaliar a situação e definir os próximos passos.
Da reunião participaram o secretário de Meio Ambiente, Edmundo Diniz; o chefe da Defesa Civil do município, Sérgio Andrade; o secretário de obras, Antônio Garcia Maciel (Secretário de Obras), o major Eduardo Lopes, representando a Defesa Civil Estadual; o sargento Luiz, da 19ª RISP, e o professor do Centro Sismológico da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Assumpção.
Uma das preocupações do grupo, segundo o major Eduardo Lopes, é, em primeiro lugar, evitar ruídos e fake news, para que isso não leve ao pânico da população.
“É importante frisar que não houve mudança de cenário em relação ao grau de risco. São eventos de baixa magnitude, sem registro de danos.
Os abalos atingiram 30 bairros, e foram mais sentidos em São Cristóvão, Jardim Arizona, Vale das Palmeiras, São Geraldo, Carmo, Boa Vista, Mata Grande e Canaã.
Discutiu-se, na reunião, a instalação de mais estações sismográficas. Essa tese é defendida pelo professor doutor em Geofísica Marcelo Assumpção, da USP, que se baseia em estudos iniciados há cerca de dois meses e que têm continuidade.
“Os tremores, hoje (sexta-feira), são registrados por estações que estão muito longe. A mais próxima fica em Diamantina, ou seja, distante 150 quilômetros. A margem de erro pode variar de 5 a 10 quilômetros.
É necessário ter estações locais, que podem registrar melhor o epicentro, mesmo de baixa magnitude, para melhor compreensão do fenômeno”.
Edmundo Diniz, que preside a comissão, informou aos participantes que o município já solicitou estudos sobre os abalos e a situação dos terrenos de Sete Lagoas, a três universidades, todas consideradas entre as mais avançadas em termos de estações sismológicas no país, Universidades Federal de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Montes Claros (Unimontes).
“Além disso, temos uma proposta da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que demonstra interesse numa parceria técnico-científica e se dispôs a fazer um orçamento para montar um centro de análise sismológica na cidade. O município busca agora recursos necessários para viabilizar o projeto”, disse.
Estação sismológica
Uma das alternativas para se montar uma estação sismológica em Sete Lagoas, segundo o professor Marcelo Assumpção, seria o empréstimo provisório desses equipamentos, porém, nem sempre as instituições têm equipamento disponível para emprestar.
“O que emprestamos a Sete Lagoas em junho nem era nosso, mas da Vale”, diz, mas considera que o mais importante, agora, é tranquilizar a população da cidade.
“Em termos de emergência, nada muda, não há nada a ser feito pela população. Mas em termos de estudos, sim, precisa-se instalar equipamentos para monitorar”, afirmou.
O professor ressalta, ainda, que na grande maioria dos casos de tremores, que se repetem, a tendência é que diminuam de intensidade e que, às vezes, acontece o que ele chama de surto.
“Não é para a população fique alarmada. Não há motivos para nenhum preparo especial.” O major Andrade, que é o coordenador da Defesa Civil Municipal, contou que na noite de sexta-feira equipes do órgão saíram a campo, batendo de porta em porta nas casas dos bairros onde o tremor foi registrado, para avaliar eventuais danos, mas que nada foi relatado.
O momento, segundo ele é para “continuar levando as informações necessárias, tentando tranquilizar a população. As informações oficiais serão divulgadas à medida que tivermos novos estudos.”
Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (2/8) e esta terá como prioridade definir a aquisição, por empréstimo, de equipamentos sismológicos.
Além de Sete Lagoas, foram registrados abalos em Morada Nova de Minas, Funilândia, Ibirité, Felixlândia, Matozinhos, Carmo do Cajuru, Mesquita, Pompéu, Prudente de Morais, Ibituruna e Senador Cortes.
Na última quarta-feira (27/7), a prefeitura Municipal de Sete Lagoas publicou, em seu site oficial uma cartilha que serve de orientação à população sobre como agir em caso de abalo sísmico.
“O tremor de terra aqui em Sete Lagoas. Jesus, primeira vez que sinto isso, bizarro”, publicou um morador da cidade. Uma câmara de segurança de um imóvel capturou a intensidade do tremor.
A Defesa Civil de Sete Lagoas não tem registro de danos, humanos ou materiais, provocados pelo abalo sísmico ocorrido.
Próximos passos
O grupo de trabalho criado pela prefeitura Municipal de Sete Lagoas se reuniu em caráter de emergência, no início da noite de sexta-feira, para avaliar a situação e definir os próximos passos.
Da reunião participaram o secretário de Meio Ambiente, Edmundo Diniz; o chefe da Defesa Civil do município, Sérgio Andrade; o secretário de obras, Antônio Garcia Maciel (Secretário de Obras), o major Eduardo Lopes, representando a Defesa Civil Estadual; o sargento Luiz, da 19ª RISP, e o professor do Centro Sismológico da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Assumpção.
Uma das preocupações do grupo, segundo o major Eduardo Lopes, é, em primeiro lugar, evitar ruídos e fake news, para que isso não leve ao pânico da população.
“É importante frisar que não houve mudança de cenário em relação ao grau de risco. São eventos de baixa magnitude, sem registro de danos.
Os abalos atingiram 30 bairros, e foram mais sentidos em São Cristóvão, Jardim Arizona, Vale das Palmeiras, São Geraldo, Carmo, Boa Vista, Mata Grande e Canaã.
Discutiu-se, na reunião, a instalação de mais estações sismográficas. Essa tese é defendida pelo professor doutor em Geofísica Marcelo Assumpção, da USP, que se baseia em estudos iniciados há cerca de dois meses e que têm continuidade.
“Os tremores, hoje (sexta-feira), são registrados por estações que estão muito longe. A mais próxima fica em Diamantina, ou seja, distante 150 quilômetros. A margem de erro pode variar de 5 a 10 quilômetros.
É necessário ter estações locais, que podem registrar melhor o epicentro, mesmo de baixa magnitude, para melhor compreensão do fenômeno”.
Edmundo Diniz, que preside a comissão, informou aos participantes que o município já solicitou estudos sobre os abalos e a situação dos terrenos de Sete Lagoas, a três universidades, todas consideradas entre as mais avançadas em termos de estações sismológicas no país, Universidades Federal de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Montes Claros (Unimontes).
“Além disso, temos uma proposta da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que demonstra interesse numa parceria técnico-científica e se dispôs a fazer um orçamento para montar um centro de análise sismológica na cidade. O município busca agora recursos necessários para viabilizar o projeto”, disse.
Estação sismológica
Uma das alternativas para se montar uma estação sismológica em Sete Lagoas, segundo o professor Marcelo Assumpção, seria o empréstimo provisório desses equipamentos, porém, nem sempre as instituições têm equipamento disponível para emprestar.
“O que emprestamos a Sete Lagoas em junho nem era nosso, mas da Vale”, diz, mas considera que o mais importante, agora, é tranquilizar a população da cidade.
“Em termos de emergência, nada muda, não há nada a ser feito pela população. Mas em termos de estudos, sim, precisa-se instalar equipamentos para monitorar”, afirmou.
O professor ressalta, ainda, que na grande maioria dos casos de tremores, que se repetem, a tendência é que diminuam de intensidade e que, às vezes, acontece o que ele chama de surto.
“Não é para a população fique alarmada. Não há motivos para nenhum preparo especial.” O major Andrade, que é o coordenador da Defesa Civil Municipal, contou que na noite de sexta-feira equipes do órgão saíram a campo, batendo de porta em porta nas casas dos bairros onde o tremor foi registrado, para avaliar eventuais danos, mas que nada foi relatado.
O momento, segundo ele é para “continuar levando as informações necessárias, tentando tranquilizar a população. As informações oficiais serão divulgadas à medida que tivermos novos estudos.”
Uma nova reunião foi marcada para a próxima terça-feira (2/8) e esta terá como prioridade definir a aquisição, por empréstimo, de equipamentos sismológicos.
Além de Sete Lagoas, foram registrados abalos em Morada Nova de Minas, Funilândia, Ibirité, Felixlândia, Matozinhos, Carmo do Cajuru, Mesquita, Pompéu, Prudente de Morais, Ibituruna e Senador Cortes.
Na última quarta-feira (27/7), a prefeitura Municipal de Sete Lagoas publicou, em seu site oficial uma cartilha que serve de orientação à população sobre como agir em caso de abalo sísmico.
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