Em nenhum outro governo desde 2001 o preço corrigido havia ultrapassado a marca de R$ 7
O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) alcançou o recorde negativo de ter a gasolina mais cara no Brasil em mais de duas décadas. Isso aconteceu quando o valor médio chegou à máxima de R$ 6,74, que atualmente já é de R$ 7,07. Os dados são da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que começou a fazer essa pesquisa de preços em 2001. O levantamento foi realizado e publicado pelo UOL.
Desde 2001, a ANP divulga a média mensal dos valores da gasolina. Para realizar o levantamento, os preços foram corrigidos o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado até março deste ano, o último dado disponível. Bolsonaro foi comparado com os governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) Lula (PT), Dilma (PT) e Temer (MDB).
O valor mais alto foi alcançado em novembro de 2021, quando o preço médio da gasolina chegou a R$ 6,74 (R$ 7,07 corrigidos). Em nenhum outro governo desde 2001 o preço corrigido do litro do combustível havia ultrapassado a marca de R$ 7.
A alta no governo Bolsonaro também foi mais rápida. De janeiro de 2019 a março de 2022, a gasolina foi de R$ 4,27 para R$ 7,01 —alta de 64,2% em três anos e três meses. No mesmo período, a inflação acumulada foi de 23,83%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nesta semana, de acordo com a ANP, a gasolina comum teve o seu maior semanal desde 2004. Para alcançar o patamar, o valor do combustível subiu 0,7% em relação ao período anterior, de 10 a 16 de abril. No levantamento, o maior preço encontrado foi de R$ 8,599, e o menor, de R$ 6,190. Essa foi a segunda alta semanal consecutiva.
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