Operações da empresa do Grupo Pão de Açúcar foram compradas pelo atacarejo Assaí por R$ 5,2 bilhões
A rede de hipermercados Extra, que em breve será encerrada, começa a fazer uma grande liquidação dos seus produtos das categorias de eletrônicos, bazar e têxtil.
A liquidação vai acontecer de forma gradual até a desativação das unidades. Os clientes podem comprar os itens, com desconto de até 50%, em todas as lojas do Brasil.
O anúncio sobre o final da marca Extra foi feito no mês passado pelo Grupo Pão de Açúcar. Ao todo, 103 lojas serão desativadas, sendo que 71 delas vão virar atacarejos do Assaí.
Tempo e dinheiro
De acordo com especialistas, o hipermercado perdeu espaço nas grandes cidades porque não atende nem à busca por conveniência - já que fazer compra em um híper demanda tempo - nem por economia, já que os preços nessas lojas são mais altos do que os dos atacarejos.
"Os preços nos atacarejos são de 10% a 15% menores (do que nos hípers). Por isso, o consumidor já estava dando preferência para eles. A ideia era gastar menos para sobrar dinheiro para outros gastos. Agora, com a inflação de volta, ele vai por necessidade mesmo", diz o consultor Eugenio Foganholo, diretor da Mixxer.
A Horus Inteligência de Mercado faz um raio x do varejo alimentar, analisando mensalmente mais de 40 milhões de notas fiscais emitidas nos caixas.
De janeiro a setembro deste ano, os consumidores passaram a comprar mais produtos nos atacarejos: a média foi de 26 itens, em janeiro, para 30, no mês passado. Nos hípers, essa média ficou estacionada na casa de 9 produtos, no mesmo período. "As pessoas pagam mais barato nos atacarejos e acabam levando mais quantidade. Por isso, o gasto médio nesse canal de vendas subiu", diz Luíza Zacharias, diretora de novos negócios da Hórus.
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