De acordo com a Globonews, o profissional responde por cinco estupros; defesa dele afirma que não recebeu denúncia formal até o momento
O terapeuta transpessoal Tadashi Kadomoto, conhecido por cursos e atendimentos na área da saúde mental em instituto homônimo em São Paulo (SP), foi denunciado no início de outubro pelo Ministério Público (MP-SP) paulista por abusos sexuais contra alunas e pacientes. A informação é do canal de televisão por assinatura Globonews.
De acordo com a emissora, Kadomoto, que atua na área comportamental e lida com vítimas de violência ou transtornos psiquiátricos, responde por cinco estupros. A denúncia foi aceita pelo MP-SP em 6 de outubro deste ano.
Tadashi Kadomoto diz que acusações de estupro são 'injustas'
Ao fim do ano passado, ainda segundo a TV, uma de suas alunas e estagiárias no Instituto Tadashi Kadomoto procurou o MP-SP para relatar os abusos.
As situações ocorriam durante atendimentos ou palestras no próprio instituto. Outras mulheres apresentaram mensagens e emails enviados pelo terapeuta se declarando a elas e utilizando palavras de alcunha sexual. Muitas não conseguiram registrar queixas porque o crime já prescreveu.
Kadomoto ministra cursos e apresenta constantemente lives sobre meditação em seu canal do YouTube. As transmissões ao vivo de meditação acontecem diariamente às 5h e às 20h. Neste domingo (11), internautas perceberam que Tadashi não entrou ao vivo como de costume.
No site do instituto, o local é descrito com o propósito de "desenvolvimento e crescimento pessoal, com o objetivo de contribuir para que os participantes se conscientizem de sua missão neste mundo, das consequências positivas ou negativas de cada ação, palavra, gesto e o que eles podem gerar".
À reportagem do canal, o advogado Luiz Flávio D'Urso, que representa uma das vítimas, declarou que sua cliente não apresentava "capacidade de resistência"; a matéria explica que, por se tratar de uma paciente do terapeuta, era submetida a relações de poder e confiança, além de apresentar fragilidade emocional por carregar histórico que a levou a procurar ajuda profissional.
A defesa de Kadomoto, em nota enviada à emissora, afirmou não ter recebido denúncia formal sobre o caso até o momento e declarou que ele atua há mais de 30 anos na área comportamental.
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