Funcionários dos Correios de todo o país decidiram continuar a greve iniciada no dia 17 de agosto. A decisão foi anunciada no sábado pela Findect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares).
Segundo a entidade, a escolha de seguir com a paralisação foi motivada pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de manter a suspensão do acordo coletivo dos trabalhadores dos Correios.
"A orientação da Findect e Sindicatos filiados é para os trabalhadores se manterem mobilizados, participando das atividades convocadas pelos sindicatos, e convocarem todos os seus companheiros a aderirem à greve", diz a nota publicada no site da entidade.
Segundo o grupo, "a direção da ECT propõe a retirada de 70 cláusulas nas quais previam direitos importantes da categoria". Na lista, estariam benefícios como: vale alimentação, vale cultura, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização de morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras.
Com a suspensão do acordo coletivo, os empregados sofrerão descontos na folha de pagamento já a partir deste mês. Em alguns casos, segundo a Findect, a queda na remuneração pode chegar a 40%.
Agora, os empregados e os Correios terão de negociar um novo acordo coletivo junto ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) e iniciar uma campanha salarial. Segundo a entidade, cerca de 70% do efetivo está parado, principalmente setores operacionais, o que significa aproximadamente 70 mil trabalhadores.
Os Correios ainda não se manifestaram sobre a decisão do STF nem sobre a continuidade da greve. No final de semana, a empresa realizou um mutirão de entregas para minimizar os impactos da paralisação.
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