Menina de 8 anos estava desaparecida desde a tarde de sexta-feira (10) e foi achada morta na noite de segunda (13) às margens de um córrego. Suspeito é vizinho da família e confessou que matou Emanuelle por vingança.
O suspeito de matar com 13 facadas a menina Emanuelle, de 8 anos, que desapareceu enquanto brincava em uma praça na sexta-feira (10), em Chavantes (SP), já tinha passagem pela polícia por homicídio, segundo a Polícia Civil.
O corpo de Emanuelle Pestana de Castro foi encontrado na noite de segunda-feira (13) em uma área de mata na Fazenda Santana Nova depois que o suspeito Agnaldo Guilherme Assunção, 49 anos, confessou que matou a menina e apontou o local do corpo.
Segundo o delegado Antônio José Fernandes Vieira, Agnaldo já havia sido condenado e cumpriu pena em 1988 por ter assassinado o irmão.
“Ele tem uma condenação anterior, totalmente cumprida, do ano de 1988, por homicídio. Em uma briga de família ele assassinou o irmão”, afirma o delegado.
Pela morte de Emanuelle, Agnaldo foi preso em flagrante e será investigado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele teve a prisão preventiva decretada.
Ele relatou, durante depoimento à polícia, que matou a menina por vingança contra a mãe dela. Segundo ele, a mulher não deixava a menina brincar com o enteado dele. No entanto, essa versão dos fatos é questionada pela polícia.
Emanuelle foi velada por parentes e amigos na terça-feira (14) e enterrada no Cemitério Municipal de Chavantes.
Exame necroscópico
O corpo de Emanuelle passou por autópsia na manhã de terça (14) e o exame necroscópico apontou que a menina levou oito facadas nas costas e cinco no peito. Segundo o delegado seccional, o laudo contesta a versão apresentada pelo suspeito.
“Ele alegava que tinha dado uma facada na costas e, na sequência, três no tórax. O exame necroscópico revelou que foram 13 facadas: oito nas costas e cinco no peito. Destas, seis são mais relevantes, foram mais profundas”, destaca o delegado.
O laudo também apontou que o hímen da menina não foi rompido, o que indica que não houve penetração. No entanto, outros tipos de abuso sexual ainda não foram descartados pela polícia e novos exames serão feitos para continuar a investigação.
Ainda de acordo com o delegado, o exame também procurou verificar se a menina tentou reagir aos golpes através de vestígios de pele do suspeito embaixo das unhas da vítima. No entanto, o delegado afirmou que "foi muito difícil ter uma reação pelas facadas terem sido nas costas”.
Câmeras de segurança
A polícia chegou ao suspeito depois de analisar as imagens das câmeras de segurança próximas à praça do bairro Cohab, onde Emanuelle brincava na tarde de sexta-feira.
A polícia verificou que Agnaldo aparecia duas vezes no vídeo. O que chamou a atenção da polícia é que entre uma aparição e outra, registradas no mesmo dia, ele está com roupas diferentes. Em um primeiro momento, o homem aparece de camiseta branca e a pé, e passa ao lado da garota, que caminha pelo bairro.
Depois, em outra câmera de segurança, o suspeito é visto perto da praça de camiseta vermelha e em uma bicicleta. Ele vai na direção da criança, que aparece no canto direito de vestido branco, e faz a abordagem. Em seguida, ele sai com a bicicleta e a menina é vista atravessando a via
Agnaldo já havia prestado depoimento à polícia e negado saber de qualquer informação sobre o desaparecimento da criança. Contudo, ele acabou confessando o crime à polícia, depois de confrontado com as imagens das câmeras de segurança.
"Ele falava que tinha mantido apenas um contato, mas isso foi desmentido pelo estudo das câmeras que mostra um outro contato, inclusive com roupas diferentes, o que era estranho", afirma o delegado Antônio José Fernandes Vieira.
Imagens em que a menina aparece brincando na praça e a caminho de um parquinho em Chavantes também foram analisadas pela polícia.
Buscas
Logo após brincar em um parquinho, Emanuelle não foi mais vista por volta das 17h, quando a amiga que a acompanhava foi embora. Segundo a família, a mãe ia verificar como a filha estava no local, mas não encontrou.
Desde então, familiares, vizinhos, policiais, canil e até uma equipe de voluntários de Marília se mobilizaram nas buscas pela criança.
Para isso, a Polícia Civil analisou as imagens e ouviu várias pessoas que tiveram contato com a menina, inclusive as crianças que brincaram com ela no parquinho no dia do seu desaparecimento.
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