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Pequeno Anthony Daniel de Andrade Moraes tinha várias fraturas, uma mordida no rosto e hematomas espalhados pelo corpo (Foto: Reprodução)Pequeno Anthony Daniel de Andrade Moraes tinha várias fraturas, uma mordida no rosto e hematomas espalhados pelo corpo (Foto: Reprodução)

Solta após audiência de custódia, ela foi sequestrada por facção no litoral de SP

A mãe do bebê que morreu a socos e dentadas em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi resgatada pela polícia no momento em que seria "justiçada" em um chamado tribunal do crime. Segundo a Polícia Militar, ela foi resgatada do cativeiro pouco antes da execução da ordem de morte.

Segundo o G1 Santos e Região, Giulia de Andrade Cândido, 21 anos, chegou a ser presa logo depois do crime, suspeita de falso testemunho sobre a morte do filho. Ela foi solta depois de passar por audiência de custódia. O marido dela, padrasto do bebê, Ronaldo Silvestrini Junior, 22, é acusado de matar a criança e continua preso.

Logo depois de ser solta, ela foi sequestrada por uma facção criminosa e ficou em cativeiro sob suspeita de ter participado da morte do filho.

Na noite da quarta (8), uma denúncia levou PMs até o barraco onde Giulia era mantida, na Avenida Sambaiatuba, esperando a ordem de execução Três homens armados vigiavam e local e fugiram ao ver os PMs chegando. Nenhum deles foi preso.

Giulia foi resgatada sem ferimentos. O caso foi registrado como sequestro e cárcere privado.

Morte de bebê
O pequeno Anthony Daniel de Andrade Moraes foi levado para o hospital com várias fraturas, uma mordida no rosto e hematomas espalhados pelo corpo..

O padrasto Ronaldo Silvestrini Junior, 22 anos, foi quem levou o garoto para a Unidade de Pronto Atendimento de Sambambaia, já no final da noite de domingo, acompanhado da mulher. O bebê chegou sem vida. Os enfermeiros notaram sinal de agressão e chamaram a polícia para verificar o caso.

Testemunhas contaram que o bebê chegou com sangue na boca, carregado pelo padrasto. Ele contou lá que o garoto teria sido mordido no rosto por um cachorro da família. Quando foi informado que se tratava de uma marca de dentição humana, ele alegou que teria sido feita por outro filho, de cinco anos.

Em depoimento, o padrasto disse que colocou o bebê para dormir depois que ele mamou, por volta das 19h de domingo. A mãe, Giulia de Andrade Candido, 21, chegou do trabalho cerca de uma hora depois. Ela viu o filho deitado, enrolado num cobertor, e não acordou o bebê. A mãe então saiu de casa com o outro filho, mais velho, para comprar comida.

A mãe diz que por volta das 23h30 foi olhar o filho e já teria encontrado-o sem vida. Ela então enrolou o garoto num cobertor e foi com o padrasto até a emergência.

Ambos entraram em contradição ao falar sobre os ferimentos da criança. Primeiro disseram que não lembravam como Anthony se machucou. Depois, que ele caiu dois dias antes de uma escada dentro de casa. Na ocasião, o menino não foi levado para o hospital porque a mãe disse que trabalha muito e não teve tempo.

Exames constataram fraturas no crânio, tórax, clavícula, no nariz, mandíbula e presença de sangue no ouvido e diversos hematomas na testa e no rosto.

O padrasto vai responder por homicídio triplamente qualificado e a mãe por falso testemunho.

Giulia com o marido e os filhos; ela segura Anthony, que morreu (Foto: Reproduçaõ)Giulia com o marido e os filhos; ela segura Anthony, que morreu (Foto: Reproduçaõ)

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