A policial Kátia da Silva Sastre foi eleita deputada federal por São Paulo no último domingo (7). Na véspera do pleito, porém, a família de Elivelton Silva Ferreira, assaltante de 20 anos que foi morto pela policial no dia 12 de maio, em frente a uma escola de Suzano, na Grande São Paulo, abriu processo contra ela e pede indenização no valor de R$ 477 mil – o equivalente a 500 salários mínimos.
O motivo do processo é o uso da cena da morte do rapaz de 20 anos em campanha eleitoral de Kátia. A PM foi eleita deputada federal por São Paulo com 264.013 votos – sétima mais votada no estado com maior colégio eleitoral do país.
Kátia estava de folga no dia 12 de maior e acompanha a filha de sete anos na festa de dia das mães no colégio Ferreira Master. Na entrada do local, acompanhada de outras mães, Elivelton as abordou com uma arma em punho e anunciou o assalto.
A PM reagiu e matou o rapaz de 20 anos com três tiros. A cena foi registrada por uma câmera de segurança. A mãe de Elivelton, a cozinheira Regiane Neves da Silva Ferrari afirma que a policial agiu de forma correta, mas processa por causa do uso de imagens.
Segundo Regiane, toda vez que a cena aparecia no horário eleitoral gratuito, Kátia torturou a ela e à sua família. “O que ela fez foi absurdo”, desabafa a mãe. “Toda vez que a cena aparecia na TV, meus netos gritavam: ‘vó, estão matando o Zoca de novo, venha ver’”, afirmou.
O jornal Folha de S. Paulo tentou contato com a PM e agora deputada federal eleita, mas ela não comentou o caso porque ainda não recebeu notificação oficial.
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