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Uma estampa da nova coleção da rede de lojas Maria Filó tem provocado constrangimento aos clientes e revolta na web. A polêmica é por conta de uma estampa que mostra imagens de mulheres negras no tempo da escravidão. O caso ganhou repercussão depois que a consumidora Tâmara Isaac desabafou sobre a situação em seu perfil no Facebook.

"Começo a olhar as roupas e me pergunto: Confere? É uma estampa de escravas entre palmeiras. É uma escrava com um filho nas costas servindo uma branca? Perguntei à vendedora se aquela estampa tinha alguma razão de ser ou se era só uma estampa racista mesmo. Ela, me dirigindo à palavra pela primeira vez, não soube responder", denunciou Tâmara.

Em seguida, ela afirma que entrou no site da marca para saber se a estampa era parte de alguma campanha, mas não havia nenhuma explicação. "Entrei no site da marca, com a esperança de que houvesse algum sentido naquilo, mas só encontrei uma marca que não satisfeita em representar somente mulheres brancas achou que esse Toile de Jouy de escravas seria de muito bom gosto", finaliza. A postagem já recebeu quase 3,5 mil curtidas e teve 430 compartilhamentos até a manhã desta sexta-feira (14).

A página da marca no Facebook tem recebido várias críticas e comentários negativos após o ocorrido. "Compro na loja há mais ou menos 2 anos e nunca tive problemas com atendimento, pelo contrário sempre fui bem recebida na loja que compro e tenho vendedora fixa, porém não coloco mais meus pés em uma loja que faz "moda" com um período de ódio e tamanha crueldade que foi a escravidão! Não compro mais nessa loja, como mulher negra me senti ofendida com essa estampa ridícula e insensível da nova coleção de vocês!", escreveu uma cliente na página.

As críticas continuaram: "nunca mais irei comprar nada de essa marca, me senti ofendida e inferiorizada na falta de empatia com esse passado tão doloroso", "Loja racista! Parecem não se envergonhar da total falta de empatia e da ignorância para com a história desse país. Muito sangue negro foi (e ainda é) derramado no Brasil, então parem de fetichizar a escravidão, estampando-a como bela, numa blusa qualquer" e "Vocês realmente têm uma estampa retratando uma escrava carregando uma criança nas costas e uma cesta na cabeça ao lado de uma sinhá sentada?" foram outros comentários.

Em nota oficial enviada ao jornal "Extra", a empresa esclareceu que buscou se inspirar em uma obra de Debret na estampa. "A marca pede desculpas e informa que já está tomando providências para que a estampa seja retirada das lojas", afirmou a empresa.

 

 

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