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O deputado cassado Eduardo Cunha acusou ontem o secretário  do Programa de Parcerias de Investimentos do governo federal, Wellington Moreira Franco, seu colega do PMDB do Rio de Janeiro, de estar por trás de irregularidades que financiaram as obras do Porto Maravilha, na capital daquele estado. Moreira Franco tem status de ministro e é considerado por Cunha - a quem chamou de eminência parda do governo do presidente Temer - o principal responsável pela sua cassação, aprovada pela Câmara dos deputados na última segunda (12/9).

O deputado disse, em entrevista publicada no jornal O Estado de São Paulo, que foi Moreira Franco quem criou o Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS), quando ocupava uma das vice-presidências da Caixa Econômica, banco estatal que administra as contas do FGTS, e que toda a toda a operação de financiamento das obras do Porto Maravilha foi montada a partir do FI-FGTS. "Moreira Franco era vice-presidente (de Fundos e Loterias) da Caixa, antes do Fábio Cleto, que fez a delação falando de mim. Quem criou o FI-FGTS na Caixa foi o Moreira Franco.

Toda a operação no Porto Maravilha foi montada por ele", disse Cunha. O deputado cassado é investigado na Operação Lava Jato por ter sido citado em delação premiada de Fábio Cleto, que assumiu o lugar de Moreira Franco no banco e disse que Cunha cobrou propina de R$ 52 milhões para liberar os recursos do FI-FGTS para o Porto Maravilha.

Em outro momento da entrevista, Cunha voltou ao assunto: "Quem conduziu toda a negociação e abertura de financiamento, em conjunto com o prefeito do Rio (Eduardo Paes), foi o Moreira. E agora aparece uma denúncia e é contra mim? Isso é surreal. Quem comandava e ainda comanda o FI (Fundo de Investimento) chama-se Moreira Franco. E lá tem muitos financiamentos concedidos que foram perdas da Caixa. Na hora em que as investigações avançarem, vai ficar muito difícil a permanência do Moreira no governo".

Cunha citou, entre estas operações, a da Rede Energia e a da Nova Cibe. Porém, quando questionado, negou ter provas. "Estou levantando suspeição, em minha defesa, por uma razão muito simples. Há um inquérito instaurado com uma delação do Fábio Cleto em cima de uma operação que foi feita quando Moreira era vice-presidente da Caixa". Procurado pelo jornal, Moreira Franco preferiu não comentar, alegando que as acusações "não merecem respostas".

 

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