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A jornalista Patrícia Lelis, o deputado federal Marco Feliciano e o assesor dele, Talma Bauer (Foto: Reprodução/GloboNews, Nilson Bastian/Câmara dos Deputados e Reprodução/TV Globo)A jornalista Patrícia Lelis, o deputado federal Marco Feliciano e o assesor dele, Talma Bauer (Foto: Reprodução/GloboNews, Nilson Bastian/Câmara dos Deputados e Reprodução/TV Globo)

A jornalista e estudante de direito Patrícia Lelis, de 22 anos, foi indiciada pela Polícia Civil de São Paulo por denunciação caluniosa e extorsão, de acordo com o delegado Luiz Roberto Hellmeister, titular do 3º Distrito Policial (DP), Santa Ifigênia. A defesa da jornalista informou, por meio de nota, que Patrícia nao passou por nenhuma perícia.

A investigação que agora mira Patrícia começou após ela acusar o assessor parlamentar do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), Talma Bauer, de tê-la sequestrado, mantido em cárcere privado e a ameaçado. Segundo Patrícia, a ação de Bauer ocorreu após ela divulgar que o deputado Marco Feliciano tentou estrupá-la em Brasília.

De acordo com a Polícia Civil de São Paulo, além da suspeita de denunciação caluniosa e extorsão, Patrícia é investigada por ameaça depois de aparecer numa gravação, obtida pela polícia, ordenando que Bauer matasse um amigo dela. O assessor, que é chefe de gabinete de Feliciano, também é policial civil aposentado, e se recusou a obedecer Patrícia.

As investigações começaram a partir de denúncia feita inicialmente por Patrícia. No dia 5 de agosto, a jornalista registrou boletim de ocorrência na delegacia contra Bauer, que chegou a ser detido e liberado após negar as acusações.

Se somadas, as penas dos crimes de denunciação caluniosa e extorsão podem variar de seis a 20 anos de prisão. A defesa de Lélis disse, por meio de nota, que o indiciamento foi precipitado porque nem todas as testemunhas foram ouvidas e nem as provas da jornalista foram apresentadas.

Para a defesa, o delegado já estava com sua opinião formada e "nada que Patrícia falasse ou mostrasse iria mudar a sua opinião".

"O Dr. Luiz Roberto também alega ter em mãos laudo que comprova que Patrícia Lélis seria mitomaniaca.  Esclarecemos que Patrícia Lélis não passou por nenhum tipo de perícia. Estamos com cópia integral do Inquérito policial e não existe nenhum laudo técnico", diz nota.

Segundo o delegado, Bauer admitiu em depoimento que pagou R$ 20 mil a um amigo de Patrícia para que, em troca, ela parasse de acusar o deputado de ter tentado estupra-la em Brasília. Essa versão foi confirmada à polícia pelo rapaz que recebeu o dinheiro, que foi apreendido. O 3º DP apura a suspeita de que a jornalista teria cobrado R$ 300 mil para ficar em silêncio.

Em nota, o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) disse nesta quinta-feira que o indiciamento da estudante Patrícia Lélis pela prática dos crimes de extorsão e denunciação caluniosa pela polícia do estado de São Paulo, reafirma sua plena confiança na lisura das instituições públicas e da Justiça. "Boatos são boatos e nunca serão verdades! Seguimos confiantes de até o término das investigações", diz a nota.

Brasília
A denúncia da suposta tentativa de estupro cometida pelo parlamentar contra Patrícia havia sido divulgada primeiro na coluna Esplanada, do UOL, no dia 2. No dia 7, a jornalista registrou boletim de ocorrência no Distrito Federal por abuso sexual contra o político, que também é pastor evangélico.

O caso é investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, na Asa Sul. O assédio sexual teria sido cometido pelo deputado no dia 15 de junho no apartamento funcional dele na capital federal. Patrícia ainda relatou que o parlamentar a agrediu e manteve em cárcere, lhe oferecendo R$ 15 mil mensais para ser sua amante. Proposta que a jornalista disse ter recusado.

São Paulo
Ainda, de acordo com Hellmaister, Patrícia mentiu ao acusar Bauer de tê-la sequestrado e mantido em cárcere num hotel em São Paulo, no fim de julho e início de agosto, sob a ameaça de uma arma para gravar um vídeo em que desmente as acusações de assédio sexual contra Feliciano.

Além de depoimentos, gravações do hotel obtidas pela polícia também levaram a investigação a não acreditar na versão da jornalista de que foi sequestrada. O primeiro vídeo, registrado no fim da tarde de 30 de julho, mostra Bauer, e a Patrícia no lobby do hotel. Eles se abraçam na recepção. Nas outras imagens, feitas em 4 de agosto, a jovem aparece abraçada a um amigo no sofá na área comum do estabelecimento. Ao lado deles está o assessor de Feliciano falando ao celular.

“Como alguém que diz ter sido sequestrada aparece em momentos de descontração com seu suposto sequestrador no mesmo hotel?”, indagou o delegado, que disse estar convicto de que Patrícia mentiu. “Se ela estava mesmo sendo sequestrada, por que gastou R$ 700 em maquiagem num shopping para gravar um vídeo desmentindo o que havia dito contra Feliciano?”

Ameaça

De acordo com Hellmaister, a jornalista ainda aparece numa gravação mandando o assessor matar um cara do Rio de Janeiro que teria vindo a São Paulo fazer contato com Bauer para levar dinheiro para Patrícia.

O delegado e sua equipe tentam localizar o rapaz, que seria amigo de Patrícia, mas não teve o nome divulgado para não atrapalhar as investigações. “Queremos ouvi-lo, saber se ele pegou esse dinheiro era o da extorsão e se ele foi ameaçado diretamente por ela”, disse.

Assessor e deputado
Tanto Bauer quanto Feliciano negam as acusações de Patrícia. As declarações do assessor, que é policial civil aposentado e chefe de gabinete do deputado, foram dadas à polícia paulista.

O político se manifestou nas redes sociais, num vídeo ao lado da mulher. Feliciano chamou a acusação de assédio que Patrícia fez contra ele de "falsa comunicação".

Apesar disso, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que é procuradora especial da Mulher no Senado, protocolou ofício junto ao Ministério Público (MP) do Distrito Federal pedindo investigação sobre o deputado pela suposta tentativa de estupro. O PSC também criou uma comissão interna para apurar o caso.

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