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O abaixo-assinado aponta atitudes de risco do funcionário, cuja direção estaria colocando em risco a integridade dos estudantesO abaixo-assinado aponta atitudes de risco do funcionário, cuja direção estaria colocando em risco a integridade dos estudantes

Um abaixo-assinado pedindo mais segurança no transporte de universitários foi encontrado na bolsa de uma das vítimas do acidente na rodovia Mogi Bertioga que matou 18 pessoas. O documento, que ainda estava em branco, estava endereçado à Secretaria de Educação de São Sebastião.

Sem citar o nome do motorista do qual os estudantes reclamam, o abaixo-assinado aponta atitudes de risco do funcionário, cuja direção estaria colocando em risco a integridade física dos universitários. "O motorista por várias vezes no trecho da serra da Mogi/Bertioga, em condições de tempo chuvoso e neblina, realizou manobras ilegais e assim colocando em risco as vidas que estavam sob a sua responsabilidade", consta no documento.

Familiares das vítimas afirmaram ao G1 Santos que o condutor que morreu no acidente era alvo da reclamação constante das vítimas. A informação também foi confirmada pelo estudante de engenharia Fabio Gomes Costa, que disse em entrevista que o motorista Antonio Carlos da Silva não respeitava os horários pré-estabelecidos constantemente, como cita o abaixo-assinado. 

"Ele era muito estressado e falava que o horário limite para sair era 22h05 – e na verdade é 22h10 – e corria muito. Geralmente chego em casa meia noite, com ele anteontem [terça] cheguei às 23h35”, disse Fabio, que era namorado de Janaína Oliveira, uma das vítimas fatais.

O casal, que conversou pelo telefone pouco antes do acidente, costumava pegar o coletivo. Fabio não estava no veículo porque não foi à faculdade no dia da tragédia, na quarta-feira (8). No momento do capotamento, o ônibus estava acima da velocidade permitida, afirma o delegado Fábio Pierri, responsável pela investigação do caso.

"Inicialmente, posso falar que houve excesso de velocidade. Ele [motorista] estava a mais de 80 km/h. Não descartamos que o motorista possa ter dormido. Temos que montar o quebra-cabeça de tudo. A perita afirmou que o ônibus tombou na pista, foi arrastando, arrancando árvores e caiu na valeta”, disse o delegado Pierry ao G1 Santos. A empresa viação União do Litoral, responsável pelo ônibus, nega que o coletivo estivesse em alta velocidade. 

Velórios causaram comoção e revolta: "ônibus estavam nas piores condições

Os sepultamentos de nove estudantes que morreram no acidente ocorrido na última quarta-feira (8), na rodovia Mogi-Bertioga, começaram por volta das 9h30 de hoje (10) em São Sebastião, no litoral Norte de São Paulo. Oito deles, que foram velados no ginásio de esportes do bairro Barra do Una, estão sendo enterrados no cemitério municipal do mesmo bairro.

A outra vítima, que também foi velada em São Sebastião, será sepultada no cemitério municipal do bairro Juqueí. Os corpos das demais vítimas do acidente foram enviados para serem velados e enterrados em outras cidades como São Paulo, Itaquaquecetuba e Caraguatatuba.

Em São Sebastião, o maior velório ocorreu em Barra do Una, onde oito vítimas foram veladas no ginásio de esportes. Por volta das 9h30, familiares começaram a levar a pé, em cortejo, os caixões em direção à capela Nossa Senhora do Carmo e Senhor Bom Jesus, vizinha do cemitério municipal. Os enterros passaram, então, a ocorrer um por vez.

No pátio da capela, alguns familiares que aguardavam pelo sepultamento, pediam, em tom de desabafo e revolta, justiça: “que sejam presos e paguem pelo que fizeram. Sei que aqui tem autoridades, eles têm que escutar e tomar vergonha na cara”, disse comovida, em voz alta, uma senhora, familiar de uma das vítimas. “Todos sabiam que os ônibus estavam nas piores condições”. Ela foi aplaudida pelos demais presentes.

Na última madrugada, após comparecer ao velório em Juqueí, o prefeito de São Sebastião, Ernane Primazzi, disse que o ônibus da empresa União do Litoral, envolvido no acidente, fretado pela prefeitura para transportar os estudantes, estava com a documentação e a revisão mecânica em dia. “No local foi possível ver que os pneus estavam em bom estado. Agora temos de esperar a perícia da polícia para saber o que aconteceu”, disse Primazzi.

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