Uma professora do ensino fundamental foi morta a facadas pelo ex-companheiro, na frente do próprio filho, na cidade de Maiquinique, no Centro-Sul da Bahia. A vítima tinha terminado relacionamento com o acusado na véspera do crime, disse o delegado Irineu Andrade, titular da comarca de Macarani.
"Eles tinham um relacionamento de dois anos e moravam juntos, mas estavam vivendo em casas separadas há quatro meses, apesar de ainda estarem juntos", comentou. A vítima, Marilene da Silva Soares, 37 anos, colocou um ponto final no relacionamento no sábado (2).
O ex, Adenildo Ferreira Aragão, 27 anos, não se conformou com a separação. "Ele passou o domingo bebendo, e de noite pulou uma janela, invadiu a casa dela e a esfaqueou sem motivo aparente", relatou o delegado Irineu ao CORREIO. A professora morava com o filho caçula, um rapaz de 17 anos, que presenciou o crime. Ainda segundo a polícia, o ex-casal chegou a discutir brevemente após a invasão.
Marilene foi esfaqueada em diversas partes do corpo e não resistiu aos ferimentos. Após matar a ex-companheira, o acusado tentou tirar a própria vida, se ferindo três vezes com a arma do crime. O filho da professora não foi atacado pelo ex-padrasto e escapou com vida.
"Ele não tentou ferir o menino, que não interveio porque ficou com medo. O acusado já tinha um histórico de agressividade. A vítima nunca deu queixa, mas a polícia já interviu anteriormente após receber denúncias de que ele a agredia", revelou o investigador.
Adenildo foi socorrido inicialmente para o Hospital Municipal de Maiquinique, e depois transferido para um hospital em Itapetinga, de onde teve alta na segunda-feira (4). Ele não teve ferimentos graves. A professora Marilene, que era funcionária da rede municipal e trabalhava em uma creche da cidade, deixa três filhos. Em um post no Facebook, o caçula lamentou a morte da mãe.
"Sei que minha rainha está no lugar dela. Deus está cuidando dela do mesmo jeito que ela cuida de nós. Ela sempre estará no meu coração, nunca vou esquecer o que eu vi. E sempre vou lembrar dela, um dia vou vê-la novamente. Mãe, te amo", escreveu o adolescente.
Suposta traição teria motivado crime
Ao ser preso pela polícia, Adenildo confessou o crime. O acusado, que era trabalhador rural, disse que o fim do relacionamento foi o estopim, mas que suspeitava que vinha sendo traído pela professora.
"Ele disse que estava bêbado, sem noção do que estava fazendo. Mas que agiu porque desconfiou que ela o estava traindo com outra pessoa, porque já tinha flagrado Marilene trocando mensagens com outro homem", relatou o delegado Irineu ao CORREIO.
Preso em flagrante, Adenildo está detido desde a terça-feira (4) na delegacia de Macarina, sede da comarca da região e responsável pela investigação do crime. O corpo da professora também foi enterrado ontem no cemitério municipal de Maiquinique.
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