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A política de reajuste do salário mínimo pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) é apontada em estudo pelo economista Tiago Cabral Barreira, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), como forte fator de pressão para o desemprego no país, que deve se aproximar de 12% em 2016.

 

A expectativa do especialista em mercado de trabalho é que o ritmo de aumento do mínimo desacelere este ano na comparação com 2015, quando foi de 11,6%. Porém, a alta, ainda deve ser suficientemente significativa para elevar os custos das empresas e continuar provocando efeitos nocivos ao mercado de trabalho. Neste ambiente, as companhias se verão obrigadas a deixar de contratar ou até mesmo aumentar as demissões.

A partir do estudo, o economista ressalta que, mesmo antes de 2007, período da incorporação do reajuste pelo INPC, o salário mínimo em termos reais já vinha subindo mesmo em períodos de crise e queda do Produto Interno Bruto (PIB).

“Além da queda na atividade econômica (atual) e da piora nos índices de confiança de consumidores e empresários, o encarecimento dos salários tenderá a agravar mais o desemprego, fazendo com que os empresariado pensem bem antes de fazer contratação”, avaliou Barreira.

Com uma inflação estimada em 7,50% em 2016, mas que pode ser revisada para cima, a expectativa do Ibre/FGV é que, por ora, o reajuste do salário mínimo em 2017 fique na faixa de 7%. Para 2016, o Ibre prevê desemprego em 11,7%. No momento atual, como constata o economista, o emprego vem sofrendo estragos mais representativos em relação à crise de 2002 e 2003, exemplifica.

No início de 2003, Barreira relembra que a renda média real por ano do pessoal admitido caiu aproximadamente 15%, enquanto as admissões tiveram queda de 7%. Já no ano passado, a renda teve recuo de 1% e as contratações cederam 18%. "Isso é uma evidência importante de pressões de custos salariais no mercado de trabalho, obrigando as empresas a fazer o ajuste empregando menos”, disse o especialista da fundação.

 

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