O advogado Nilo Batista, que faz parte da defesa do ex-presidente Lula, criticou o pacto da mídia e do Judiciário. Em artigo intitulado “Imprensa e Justiça”, ele questionou ‘relações entre agentes do sistema penal e alguns jornalistas que produzem vazamentos escandalosos, editados e descontextualizados, com capacidade de criar opiniões tão arraigadas que substituem a garantia constitucional por autêntica “presunção de culpa” e tornam impossível um julgamento justo’.
Nilo afirma ainda que “já que o processo se desenrola na mídia, que haja pelo menos paridade de armas”. “Hoje, após a longa veiculação da versão acusatória, segue- se breve menção a um comentário do acusado ou de seu defensor, que frequentemente desconhece a prova já divulgada para milhões de telespectadores”, afirma. “A prática atual é abertamente antidemocrática”, conclui.
O advogado ressalta que a “Corte Europeia de Direitos Humanos já decidiu que a condenação de jornalistas por publicidade opressiva não viola a liberdade de comunicação” (leia mais).
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