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O prefeito de Mariana (MG), Duarte Júnior, reclama que doações prometidas não foram destinadas para as populações desabrigadas de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo, povoados mais atingidos pela lama de rejeitos em consequência do rompimento da Barragem do Fundão, da Samarco, em 5 de novembro do ano passado.

 

Os US$ 100 mil (cerca de R$ 400 mil) doados pela banda Pearl Jam e os R$ 439 mil arrecadado em shows promovidos em BH e São Paulo por artistas como Caetano Veloso, Criolo e Jota Quest foram destinados a organizações não governamentais (ONG’s), que atuam na Bacia do Rio Doce.

“No dia dos shows, disseram que o dinheiro iria para Mariana, mas a conversa mudou. O que nos deixa chateado é que usaram o nome de Mariana”, disse o prefeito. Du, como é conhecido, afirmou não desejar que todos os recursos sejam canalizados para as vítimas da cidade, mas reclama que a população foi desprestigiada. “Não usassem o nome de Mariana então”, acrescentou.

De acordo com a Samarco, o rompimento de barragem de Fundão despejou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de lama no meio ambiente. Segundo a mineradora, o montante é suficiente para encher 24 mil piscinas olímpicas (50 metros). Foram identificadas 17 pessoas que perderam a vida no desastre.

A onde de lama chegou ao litoral do Espírito Santo, a partir da foz do Rio Doce, e passou de 19,3 quilômetros quadrados (km²) para 66,6 km², ou seja, triplicou de tamanho. Segundo um laudo preliminar do Ibama, a lama destruiu 663 quilômetros de rios e resultou na destruição de 1.469 hectares de vegetação.

A banda grunge norte-americana Pearl Jam fez um show, em 20 de novembro, no Mineirão, e o vocalista Eddie Vedder pediu punição aos responsáveis. Dez dias depois, o grupo anunciou a doação de US$ 100 mil “às comunidades impactadas pela tragédia no Brasil”. O dinheiro, no entanto, não chegou a nenhuma entidade.

A Vitalogy Foundation, braço do grupo responsável pelas ações sociais, entrou em contato com três ONGs brasileiras pedindo documentação antes de repassar o dinheiro: a Ibio, a Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros Marinhos (Confrem) e o Instituto Terra. Segundo informações do Estado de Minas, as três entidades disseram que enviaram a documentação exigida e aguardam resposta da fundação. 

O dinheiro arrecadado no show 'Sou Minas Gerais', realizado em 8 de dezembro, com a participação de Criolo, Caetano Veloso, Jota Quest e outros artistas conseguiu R$ 340 mil. A edição paulista do show arrecadou outros R$ 99 mil.

A produtora Carol de Amar informou que o dinheiro já foi enviado ao Greenpeace. “Em toda nossa divulgação deixamos claro que o dinheiro não iria para nenhum órgão público”, disse.

O Greenpeace reforçou que as doações serão usadas em pesquisas independentes para avaliar os impactos do rompimento da barragem da Samarco na Bacia do Rio Doce.

 

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