O papa Francisco afirmou, nesta quarta-feira (17/1), que o Cristianismo não condena o “instinto sexual” e que o “prazer sexual” é um presente de Deus. A declaração do pontífice ocorreu durante a audiência geral para fiéis no Vaticano, em uma sermão que falava sobre “vício da luxúria”.
“Não há no Cristianismo uma condenação do instinto sexual” e que estar apaixonado é “um dos sentimentos mais puros”, desde que o indivíduo não esteja “contaminado pelo vício”.
O líder religioso destacou que o prazer sexual deve ser valorizado, no entanto, ele é “minado pela pornografia”, uma vez que a “satisfação sem relacionamento” pode gerar “formas de dependência”.
“A castidade é uma virtude, que não pode ser confundida com a abstinência sexual. Não, a castidade vai além da abstinência, é a vontade de jamais possuir o outro. Amar é respeitar o outro, buscar sua felicidade, cultivar empatia pelos seus sentimentos, se dedicar ao conhecimento de um corpo e de uma alma que não são os nossos”, ressaltou o pontífice.
Não é a primeira vez que o papa Francisco fala sobre relações sexuais. Em um livro publicado em 2020, o pontífice escreveu que o “prazer de comer serve para manter uma boa saúde, da mesma forma que o prazer sexual serve para embelezar o amor e garantir a continuidade da espécie”.
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