Teria revelado o esconderijo para salvar a própria família. Ele morreu em 1950
Mais de 70 anos após a morte da judia Anne Frank em um campo de concentração na Alemanha um time de investigadores identificou o suspeito que teria revelado para nazistas a localização do esconderijo onde a menina passou dois anos com a família. Ela foi morta aos 15 anos.
Em seis anos de trabalho, a equipe de investigadores, que inclui historiadores, especialistas e até o ex-agente do FBI Vince Pankoke, apontou que a família Frank teria sido traída por Arnold van den Bergh, um judeu que vivia em Amsterdã, na Holanda. Bergh teria revelado o esconderijo para salvar a própria família. Ele morreu em 1950.
Van den Bergh foi membro do Conselho Judaico da capital holandesa, um órgão que foi forçado a implementar a política nazista em áreas onde viviam judeus. A organização foi dissolvida em 1943 e muitos de seus membros foram levados para campos de concentração.
Um documentário sobre o tema exibido pela emissora de TV americana CBS, neste domingo (16), contou detalhes das descobertas. Quando ele perdeu toda a sua série de proteções, que o isentavam de ir para os campos, ele teve que fornecer algo valioso aos nazistas para que ele e sua esposa ficassem seguros.
O time que fez a pesquisa diz ter encontrado evidências de que Otto Frank, o pai de Anne, que morreu em 1980, sabia o nome de quem o havia denunciado, mas manteve a informação em segredo. Nos arquivos de uma investigação anterior, encontraram a cópia de um bilhete anônimo enviado a Otto, identificando Van den Bergh como o traidor.
Em comunicado, o museu da Casa de Anne Frank disse estar "impressionado" com as descobertas da equipe de investigação. Em nota, o diretor executivo da instituição, Ronald Leopold, disse que a nova pesquisa "gerou novas informações importantes e uma hipótese fascinante que merece mais pesquisas".
Clique aqui e siga-nos no Facebook
< Anterior | Próximo > |
---|