O terceiro suspeito dos atentados dessa terça-feira (22) no aeroporto de Bruxelas, e o único que continua vivo, foi identificado como Najim Laachraui, homem ligado aos ataques de Paris, revelou hoje (23) o jornal belga La Dernière Heure.
Os serviços secretos e a polícia da Bélgica "procuram ativamente” o suspeito, de 25 anos, que aparece nas imagens divulgadas pelas autoridades, gravadas pelas câmaras de vigilância do aeroporto, que mostram os três supostos terroristas.
Nas imagens, Laachraui usa um gorro escuro e empurra um carrinho de bagagem, onde tem um saco de viagem com, provavelmente, explosivos dentro.
Os explosivos que transportava não chegaram a explodir, ao contrário do que ocorreu com a bagagem dos outros dois homens, segundo os meios de comunicação locais.
O DNA de Laacharaui foi encontrado em “material explosivo usado nos atentados” de Paris em novembro de 2015, disse ainda ao jornal belga uma fonte próxima da investigação francesa. O suspeito deixou a Síria em fevereiro de 2013 e é procurado desde dezembro passado, após os atentados de Paris.
Durante controle policial em setembro, na fronteira entre a Hungria e a Áustria, ele foi identificado com o nome falso de Soufiane Kayal e estava acompanhado por Salah Abdeslam, ligado aos atentados de Paris e capturado na sexta-feira passada (18) em Bruxelas. Os dois estavam com Mohamed Belkais, um argelino de 35 anos morto pela polícia no mesmo dia, em Bruxelas.
Laachraui alugou uma casa, com um nome falso, na comunidade belga de Auvelais, que serviu para preparar os atentados de Paris. Os investigadores também consideram que, na noite dos ataques na França, ele falou ao telefone com os homens-bomba que estavam em Paris, como fez Belkhaid.
Lacharaui foi, segundo os meios de comunicação belgas, o responsável por fazer os cintos de explosivos usados em Paris e o seu DNA foi encontrado em dois deles (um usado no Bataclã e outro no Estádio de França), informou a televisão RTBF. Também foram encontradas impressões digitais de Laachraui em uma casa no bairro de Schaerbeek, em Bruxelas, onde as autoridades acreditam que foram fabricados os cintos de explosivos usados na capital francesa.
Estão assim identificados os três suspeitos que atuaram ontem no aeroporto de Bruxelas, depois de a RTBF ter informado também hoje que os outros dois suicidas são irmãos, de apelido El Bakraoui, que tinham ficha na polícia mas não por terrorismo.
Khalid e Ibrahim El Bakraui eram de Bruxelas e estavam nos registos da polícia por atos de vandalismo, esclarece a RTBF.
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