A discussão em torno do uso ou não da tecnologia no futebol ganhou um peso ainda maior na manhã desta quarta-feira (13). A confusão aconteceu durante a vitória do Kashima Antlers por 3x0 sobre o Atlético Nacional, que classificou o time japonês para a final do Mundial de Clubes. É o primeiro torneio em que a Fifa utiliza o auxílio de vídeo em todos os jogos.
O jogo ainda estava 0x0, aos 27 minutos do 1º tempo em Osaka, no Japão, quando os anfitriões cobraram uma falta no ataque e Mosquera, do Atlético, trombou com Daigo, do Kashima, na área. O árbitro húngaro Viktor Kassai deixou o lance seguir e, 45 segundos depois, quando a bola saiu, ele paralisou a partida e foi à beira do campo assistir ao vídeo do lance. Foi aí que o árbitro viu que, após o choque, o colombiano derrubou o japonês com o pé. Ele marcou pênalti para o Kashima e, na cobrança, Doi fez 1x0.
O que o árbitro não enxergou, mesmo com o vídeo, foi que o jogador japonês estava em posição de impedimento no lance que originou a penalidade. Este é o grande X da questão. Estar na posição de impedimento ainda não é infração, mas se o jogador do Kashima também estava envolvido na jogada, o pênalti não deveria ter sido marcado, pois o japonês estava impedido antes. No lance, Daigo não só tromba no jogador colombiano como corre em direção aonde imagina que a bola vai cair.
Em seu site oficial, a Fifa trata o lance apenas como “pênalti histórico”, por ter sido o primeiro marcado com o auxílio do recurso de vídeo.
Mesmo dominando boa parte da partida, o Atlético Nacional não conseguiu empatar e ainda viu Endo e Suzuki marcaram os outros gols do Kashima Antlers, que enfrentará na decisão o vencedor de Real Madrid x América do México. Espanhóis e mexicanos jogam quinta (14), às 7h30, em Yokohama. A final será domingo (18), no mesmo horário.
Já o Atlético Nacional, time colombiano que ganhou a simpatia dos brasileiros por causa da solidariedade demonstrada após o acidente com o avião da Chapecoense, vai disputar o 3º lugar contra o perdedor de Real Madrid x América do México, também no domingo, às 4h.
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