O trabalho de uma temporada inteira colocado a prova em um jogo. A felicidade de uma nação depositada na última rodada da Série B. Os próximos 90 minutos vão definir o caminho azul, vermelho e branco em 2017. O campeonato é de pontos corridos, mas o clima será de final quando a bola rolar às 16h30 de hoje, contra o Atlético Goianiense, no estádio Olímpico, em Goiânia. Ao menos para o Bahia. Campeões antecipadamente, os donos da casa receberão a taça após o apito final.
“É uma final e é uma final importante, onde você tem que estar maduro, focado, equilibrado e fazer seu melhor. Se a gente conseguir fazer o nosso melhor, eu confio plenamente que nós estaremos na Série A no ano que vem”, vibra o técnico Guto Ferreira. Com 63 pontos, o Bahia é o 3º colocado da Série B e depende apenas das próprias forças para retornar à primeira divisão. Um empate com a equipe goiana é suficiente para conquistar o acesso, mas o treinador tricolor garante que o time vai jogar focado no triunfo.
“Eu sempre digo que tem que mirar a lua. Se você erra e acerta as estrelas, você atinge seu objetivo. Então, nós vamos jogar para vencer. Quando se joga para vencer, caso não vença, dificilmente você vai ser derrotado. Agora, se joga para empatar, caso não atinja seu objetivo, você vai ser derrotado. Temos que jogar para cima para que a margem de erros nos dê o acesso”, frisa o técnico.
Três equipes lutam pelas duas vagas que restam. Além do Bahia, o Vasco, 4º colocado, com 62 pontos, e Náutico, 5º, com 60, estão na briga. Os dois jogam no mesmo horário que o tricolor. A equipe carioca enfrenta o Ceará, no Maracanã, e a pernambucana pega o Oeste, na Arena Pernambuco. Dos três que almejam o acesso, o Bahia é o único que vai jogar fora de casa e, apesar do Atlético Goianiense já ser campeão, Guto Ferreira garante que seu time está preparado para um jogo duro no estádio Olímpico.
“Dentro da nossa cabeça, nós temos que estar muito conscientes de tudo que pode acontecer. De positivo e de negativo. Nós temos que estar preparados para o melhor Atlético Goianiense. E fazer nossa melhor partida contra o melhor Atlético Goianiense. A gente fazendo nossa melhor partida contra o melhor Atlético, fatalmente a gente consegue o resultado”, afirma o comandante tricolor.
A campanha do Bahia fora de casa ao longo do campeonato não inspira confiança. Em 18 jogos, o tricolor venceu apenas três. Além disso, soma sete empates e oito derrotas. O aproveitamento é de 29,6%. Apesar disso, apresentou reação longe de Salvador na reta final da Série B. A última derrota em território adversário foi no dia 4 de outubro, quando perdeu do Londrina por 1x0, no interior do Paraná. De lá pra cá, venceu Brasil de Pelotas e Vila Nova (ambos por 1x0) e empatou com Oeste (1x1) e Luverdense (2x2). Ao todo, são oito jogos invicto.
“O Bahia só foi derrotado duas vezes fora de cada no segundo turno. O Bahia só venceu duas vezes fora de casa também, tudo bem, mas aí estamos quites. Acho que o momento nosso é muito bom, principalmente por causa do resultado que buscamos”, pontua Guto. “O primeiro turno do Bahia fora de casa pode-se dizer que perdeu muito mais do que empatou e venceu. Agora, no segundo turno, pode não ter vencido bastante, mas praticamente não perdeu. Se fosse para buscar uma vitória, talvez eu tivesse que ficar um pouco mais preocupado. O que não quer dizer que vamos jogar para empatar”, reforça o treinador.
Em caso de derrota para o Atlético, o Bahia precisa que o Náutico não ganhe do Oeste, na Arena Pernambuco, ou que o Vasco não vença o Ceará, no Maracanã. O tricolor está definido com Muriel, Eduardo, Tiago, Jackson e Moisés; Renê Júnior, Luiz Antonio e Régis; Edigar Junio, Hernane e Victor Rangel.
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