Senador Jaques Wagner (PT-BA) (Foto: Reprodução)
Em entrevista ao jornal A Tarde, nesta segunda-feira (06), o senador Jaques Wagner (PT) destacou os avanços econômicos alcançados pelo governo Lula em 2024, como a queda do desemprego e o crescimento do PIB, mas criticou a desconfiança do mercado financeiro e apontou um viés político nas avaliações econômicas. Para Wagner, a narrativa negativa é uma tentativa de enfraquecer a imagem do governo.
Além de discutir questões econômicas, o senador abordou a necessidade de melhorias na comunicação do governo federal, elogiou a gestão de Jerônimo Rodrigues na Bahia e comentou sobre o futuro político do estado, defendendo a força de uma chapa majoritária formada por ele, Rui Costa e o atual governador. "É o trio do sucesso", afirmou.
Avanços econômicos, mas um mercado desconfiado
Questionado sobre o desempenho econômico do governo federal em 2024, Wagner defendeu que os números refletem um cenário positivo, mas criticou o viés político presente em análises do mercado e da mídia. Ele destacou a redução do desemprego, o controle da inflação e o crescimento do PIB, apesar das altas no dólar e nos juros.
"Criamos um ambiente onde o desemprego está lá embaixo, o consumo das famílias cresceu e milhões saíram da extrema pobreza. Ainda assim, justificam a alta do dólar com base em uma desconfiança de que o governo não vai cumprir metas. Para mim, há um processo de construir um ambiente negativo contra o governo Lula", afirmou.
O senador também elogiou a atuação do ministro da Fazenda e ressaltou a responsabilidade fiscal do governo: "Lula nunca foi gastador. Sempre manteve as finanças do país no prumo. Agora, não dá para deixar de fazer os investimentos sociais que estavam praticamente zerados no governo anterior", ressaltou.
Comunicação: um ponto fraco do governo
Jaques Wagner reconheceu que o governo federal enfrenta dificuldades na comunicação de seus feitos. Para ele, há um "gap de comunicação" que precisa ser resolvido para que as conquistas sejam mais bem percebidas pela população.
"Temos muito mais coisa feita do que comunicada. Ou estamos utilizando mal os canais, ou não sabemos focar. Essa é a sensação do presidente, que vê tudo o que foi realizado e percebe que não conseguimos colocar isso para fora. É preciso mudar e azeitar mais a comunicação", avaliou.
Segundo Wagner, essa dificuldade tem impacto direto na construção de uma imagem pública positiva para o governo: "A guerra de comunicação é muito intensa, especialmente nas redes sociais, onde mentiras se proliferam e acabam parecendo verdades."
Educação como marca da gestão Jerônimo
Ao falar sobre a administração do governador Jerônimo Rodrigues (PT), Wagner destacou que a educação tem se consolidado como a principal marca da gestão. Ele elogiou o programa de construção de escolas de tempo integral, descrevendo-o como um dos maiores legados do atual governo. "Algumas dessas escolas viraram até ponto de visitação. São prédios modernos, com ampla área para as crianças. É um espetáculo. Para mim, quando o governo Jerônimo terminar, será essa marca na educação que vai se destacar", afirmou.
O senador também ressaltou o perfil pessoal de Jerônimo, que descreveu como "simples, humilde e acessível", e destacou a renovação de quadros no governo, com muitos jovens ocupando cargos de alta gestão. "Eu bato palma para esse secretariado jovem, que traz vitalidade e ajuda a modernizar as instituições".
Chapa com três ex-governadores é possível?
Questionado sobre a possibilidade de compor uma chapa majoritária com ele, Rui Costa e Jerônimo Rodrigues, Wagner defendeu a ideia, classificando o grupo como o "trio do sucesso".
"São três governos que fizeram a Bahia prosperar e se modernizar. Acho bem possível uma chapa com esses três nomes. Não haverá racha, porque o grupo tem maturidade suficiente para acomodar todos. Jerônimo tem o direito à reeleição, Rui pode pleitear uma vaga no Senado, e eu também", disse.
Para Wagner, a união do grupo fortaleceria ainda mais o projeto político na Bahia: "É natural e simbólico que tenhamos essa composição. Vamos saber encaixar todas as peças".
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