Reportagem desta quinta-feira, 11, do jornal The New York Times, mostra que o preço baixo do barril de petróleo está levando empresas do ramo a fechar as portas pelo alto endividamento.
No final de dezembro, a Caza Oil & Gas., do Texas, praticamente se vendeu a uma empresa de investimentos de Nova York, para pagar os credores. Nessa segunda-feira, 8, a notícia de que a Chesapeake Energy, uma grande empresa do setor de óleo e gás, contratou advogados para ajudar na reestruturação de sua dívida de mais de US$ 10 bilhões derrubou as ações da companhia, e ela teve de ir a público negar que estivesse se preparando para a bancarrota.
Segundo o jornal americano, os executivos e seus banqueiros estão às voltas com uma crise prolongada que poderá modificar a estrutura do setor energético de uma maneira que não era vista desde que o tumulto do final dos anos 90 gerou megafusões, como a Exxon Mobil.
Até o momento, a maioria das empresas estava sobrevivendo graças em que vendem seu óleo por preços superiores aos do mercado, denominada "hedge" (proteção). Entretanto, nos últimos meses, a maioria dessas operações expirou, deixando várias petrolíferas com o caixa baixo e sem conseguir pagar suas dívidas.
A Energy & Exploration Partners of Fort Worth, por exemplo, pegou financiamentos com pelo menos 24 fundos de hedge para ajudar na compra de milhares de hectares de terra no Texas, quando o petróleo estava a US$ 100 o barril. Em dezembro, a empresa acabou tendo de pedir falência.
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